Ao longo do segundo semestre, tradicionalmente aumentam as encomendas do varejo à indústria, por itens para as promoções e festas de fim de ano.
“Evento festas do fim do ano não surte efeito para trazer a indústria para o campo positivo”, afirmou Macedo.
A produção industrial recuou 0,6% em relação a setembro, depois de já ter encolhido nos quatro meses anteriores.
“Pelo lado do próprio processo de produção, a gente tem toda a desarticulação da cadeia produtiva. Ainda se identifica desabastecimento de matérias-primas e insumos básicos para a produção final, o encarecimento desse processo de produção. A gente vê plantas industriais dando férias coletivas, diminuindo jornada de trabalho”, relatou Macedo.
Pelo lado da demanda, o pesquisador cita a demanda doméstica deprimida, como consequência da corrosão da renda das famílias pela inflação elevada, alta de juros provocando encarecimento do crédito, e o mercado de trabalho ainda difícil, com desemprego, precarização de postos de trabalho e massa de renda sem avanços.
“Para além disso tudo, tem fatores pontuais que ajudam a explicar algumas atividades, como os efeitos climáticos adversos afetando a cana-de-açúcar e a restrição à carne bovina embargo da China às exportações brasileiras de carne bovina vem impactando produção de alimentos”, acrescentou Macedo.
A queda na produção industrial em outubro ante setembro fez o setor acumular uma perda de 3,7% em cinco meses de recuos consecutivos, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM). Dos dez primeiros meses de 2021, a indústria cresceu em apenas dois deles: janeiro (0,2%) e maio (1,2%).
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