Nos dois últimos fins de semana foram realizadas as provas do Enem (Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Redação), nos dois domingos, diante de muita polêmica sobre se houve interferência do governo federal nos conteúdos, após denúncia dos servidores do Inep de que isso estaria ocorrendo, e expectativa dos estudantes sobre o teor do exame.
Nesta segunda-feira, 29, representantes do Inep e do Ministério da Educação (MEC) fizeram um balanço do Enem 2021. O segundo dia de provas teve taxa de abstenção de 29,9%, com participação de apenas 2,18 milhões de candidatos. O exame, principal porta de entrada para o ensino superior, teve o menor número de inscritos desde o ano de 2005.
Já o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio, no domingo, 21, teve 26% de abstenção. Compareceram à prova apenas 2,3 milhões de candidatos – em edições anteriores, o exame recebia o dobro de candidatos
A queda nas inscrições teve relação, como mostrou o Estadão, com as dificuldades de obter a gratuidade na inscrição e com o ensino remoto ruim em meio à pandemia. Para o ministro Milton Ribeiro, porém, a culpa pelas dificuldades de aprendizagem durante a pandemia não é do MEC, mas dos governos locais, que decidiram manter as classes online. Ele lembrou, ainda, que 50% das vagas em instituições federais continuam sendo destinadas aos estudantes de escolas públicas.
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