Dia desses assistimos a um filme e a fala de um personagem nos levou a reflexões profundas.
Dirigindo complicada operação que tinha como objetivo descobrir o chefe por detrás de um grande esquema de corrupção, envolvendo tráfico de drogas e desaparecimento de pessoas, ele quase não dormia.
Como ficasse horas intermináveis longe do lar, estando a esposa nas últimas semanas de gestação, providenciou que sua mãe viesse estar com ela.
Certa tarde, enquanto examinava documentos, junto com os subordinados, tentando decifrar a rota elaborada pelos suspeitos, recebeu uma ligação.
Era a esposa. A voz doce, amorosa, falava que estava providenciando os detalhes finais para a decoração do quarto do bebê.
Entre os sussurros de amor que ela lhe enviava, perguntou se ele poderia ajudá-la a decidir pela cor das cortinas: verde-claro, azul, amarelinha?
Qual combinaria melhor com os móveis e a cor da parede?
Ele foi às lágrimas. Em seu cérebro, turbilhonado pelas questões que o envolviam, examinando tantos crimes, diariamente, passou a pergunta: Quem pode ser tão doce, ante o caos que estamos vivendo?
Como pode alguém estar pensando, nessa hora, em cor de cortina?
Essas perguntas, de imediato, nos levaram ao cenário atual em que abundam lançamentos de drones, bombardeios atingindo civis e socorristas, ameaças de ataques nucleares.
De outra banda, notícias de religiosos nos templos oferecendo orações e cultos pela paz.
Também eventos on-line, diários, de que participam centenas de pessoas, lendo e comentando os Evangelhos, orando pelas famílias, pela Humanidade, pelos governantes.
Pensamos: Quem, num cenário de tanta agressividade, se preocupa em rever os ditos e os feitos do Mestre de Nazaré? Quem pode dedicar-se a orar, ante tantas calamidades?
E nos damos conta de que são essas criaturas que pregam o bem, que rememoram o amor do Amigo Celeste, que se unem para orar em favor dos outros, que estão amainando o panorama de dor do mundo.
Enquanto ficam minutos ou algumas horas discorrendo a respeito da necessidade da transformação moral do homem, da solidariedade para o bem-estar geral, renovam o ambiente psíquico onde se encontram.
E enviam boas vibrações para a psicosfera do planeta.
Quem de nós pode avaliar quantas dessas preces já impediram que algo pior pudesse acontecer?
Quem de nós pode dizer para onde vão todas essas orações pela paz?
Quantas poderão alcançar a mente de um governante, de um dirigente, de um cidadão comum?
Não se trata de alienados, de desinformados ou tolos. Trata-se de homens que têm a certeza de que vivemos época de muita dor, maldade e cataclismos morais de toda ordem.
Por isso, a insistência nas lições do Mestre de Nazaré. Lições que precisam ser reprisadas milhões de vezes para alcançarem os corações endurecidos.
E orações para iluminar com vibrações pacificadoras a noite escura da desesperança no planeta.
Oremos e vibremos pela paz.
Redação do Momento Espírita
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