Enquanto era conduzido por um agente para receber a proteção, o repórter Pedro Duran ouviu gritos de “lixo”, “bandido” e “comunista”, por exemplo. Alguns dos manifestantes avessos ao trabalho da imprensa também cercaram o profissional e colocaram bandeiras e celulares diante de seu rosto.
Apesar de ter sido o único que precisou ser levado pela polícia, o repórter da CNN não foi o único a ser hostilizado pelos bolsonaristas. Os profissionais que ficaram no espaço reservado a jornalistas ouviram a todo momento xingamentos de quem passava por lá.
Acompanhado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e por pelo menos mais dez aliados – todos sem máscaras e sobre um carro de som apertado -, Bolsonaro discursou no fim da manhã deste domingo para milhares de pessoas no Aterro, após a carreata de moto que saiu da Barra da Tijuca, na zona oeste.
O presidente voltou a criticar prefeitos e governadores que decretaram confinamento durante a pandemia e afirmou que jamais colocará o Exército, que chamou de seu, nas ruas para fazer lockdown. “Eu lamento cada morte no Brasil, não importa a motivação da mesma. Mas nós temos que ser fortes, temos que viver e sobreviver”, disse Bolsonaro, antes de criticar medidas de distanciamento social.
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