
A equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h de Pato Branco, formada por médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos, radiologistas, agentes de apoio e demais profissionais, divulgou uma carta aberta à população e à imprensa em 12 de setembro de 2025. O documento busca esclarecer o funcionamento da unidade, explicar protocolos de atendimento e reforçar o compromisso com a saúde pública.
Segundo a direção da unidade, a UPA atende em média 450 a 600 usuários por dia, somando cerca de 14 mil atendimentos mensais e aproximadamente 168 mil ao ano. Ao todo, 198 colaboradores atuam diariamente na estrutura.
Classificação de risco e prioridade no atendimento
A carta enfatiza que o acolhimento com classificação de risco, metodologia prevista pelo Ministério da Saúde, é a regra da UPA. Os pacientes são avaliados por enfermeiros habilitados, que definem a gravidade e a prioridade clínica com base em critérios técnicos.
As cores utilizadas no protocolo são:
- Vermelho: emergência, atendimento imediato (risco de morte).
- Laranja: muita urgência, como sangramentos e suturas (atendimento até 10 minutos).
- Amarelo: prioridade 1, casos urgentes sem risco imediato de morte (atendimento até 60 minutos).
- Verde: prioridade 2, condições agudas ou não agudas, atendimento até 120 minutos.
- Azul: prioridade 3, consultas não urgentes, que poderiam ser resolvidas em unidades básicas de saúde, com tempo estimado de até 240 minutos.
Esclarecimentos sobre críticas e expectativas
O documento afirma que a equipe enfrenta críticas recorrentes sobre tempo de espera, exames e capacidade de atendimento, mas reforça que o fluxo segue normas nacionais e respeita critérios clínicos, não apenas a ordem de chegada.
A carta também destaca que muitos casos atendidos são graves e demandam internação ou transferência hospitalar, o que pode impactar os tempos de resposta.
Atendimento humanizado e exemplos de acolhimento
O texto ressalta que a UPA 24h é um espaço de acolhimento para todos, brasileiros ou estrangeiros, residentes ou não no município. São citados exemplos de situações atendidas diariamente:
- Adolescentes em risco de suicídio.
- Mulheres vítimas de violência doméstica.
- Crianças vítimas de negligência.
- Idosos com quadros agudos de saúde.
- Trabalhadores em acidentes laborais.
A carta ainda lembra a atuação da unidade durante a pandemia de Covid-19, quando a UPA foi transformada em UTI para garantir suporte emergencial à população.
Compromisso reafirmado
Assinada pela chefe de setor Marta Lemes (Coren/PR 83.715) e pelo diretor técnico Paulo Roberto Aveles (CRM/PR 36.074), a carta reafirma o compromisso da unidade com a proteção da vida, ética, responsabilidade e transparência.
“Que a sociedade jamais esqueça que nesta UPA 24h, a dignidade e a fragilidade de cada vida é prioridade. Estamos aqui para cuidar, ouvir e defender a vida com responsabilidade”, finaliza o texto.
Veja abaixo a integra da carta aberta:
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