Além de Araújo, outros aliados do presidente Jair Bolsonaro e integrantes do chamado “gabinete paralelo” – grupo assessorou o chefe do Palácio do Planalto incentivando o discurso antivacina e favorável ao tratamento precoce com medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus – foram alvos da devassa aprovada pela CPI da Covid. A lista inclui o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o assessor especial da Presidência, Filipe Martins.
Ao menos quatro alvos das quebras de sigilo acionaram o STF para tentar suspender a medida. Fora o ex-ministro das Relações Exteriores, enviaram petições à corte a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como ‘capitã cloroquina’, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos Hélio Angotti Neto, médico seguidor do escritor Olavo de Carvalho, tido como “guru do bolsonarismo”, e entusiasta do “tratamento precoce” e o ex-assessor especial do Ministério da Saúde Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo.
No mandado de segurança apresentado ao STF nesta sexta, Araújo alegou que a justificativa para as quebras telefônicas e telemáticas era ‘muito frágil’. “Não há qualquer indício material de que o ex-Chanceler tenha procedido de modo incompatível ao desejo social e do Governo Federal de se obter vacina para todos, assim como combater, em outras frentes, a pandemia do Covid-19”, registrou.
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