Com o resultado, a Espanha inicia com tropeço sua campanha no Grupo E, que tem a liderança da Eslováquia após vitória por 2 a 1 sobre a Polônia, de Robert Lewandowski, também nesta segunda. Os espanhóis voltam a campo no sábado para enfrentar os poloneses, novamente em Sevilla. Os suecos terão pela frente os eslovacos na sexta-feira, em São Petersburgo, na Rússia.
Favorita contra a Suécia, a Espanha fez um bom primeiro tempo nesta segunda, mas caiu muito de rendimento na etapa final. Se criou boas chances nos primeiros 45 minutos, quando faltou pontaria, o time da casa praticamente parou na retranca dos visitantes no segundo tempo. Os anfitriões pareciam mais satisfeitos em trocar passes do que em buscar o gol. Quando eram mais objetivos, paravam nas defesas do goleiro Olsen, melhor jogador da Suécia em campo.
Com uma equipe rejuvenescida, a Espanha não deixou de exibir as características que tornaram famosos seus times mais recentes. No primeiro tempo, a posse de bola, por exemplo, foi de 82% e apenas 18% para a Suécia. Os espanhóis se destacaram também na precisão dos passes, com 91% a 64%.
Se não tem mais craques como Iniesta e Xavi, a Espanha aposta em Koke, Olmo e Pedri, que se tornou o jogador mais jovem a defender a equipe espanhola numa partida da Euro, com 18 anos e 201 dias.
Mas foi Olmo quem criou as primeiras boas chances de gol, aos 6 e aos 15 minutos. No segundo lance, ele parou em grande defesa de Olsen. Koke ameaçou aos 22 e aos 28 em finalizações perigosas, para fora. Aos 37, Alba descolou bom passe para Morata, que contou com vacilo da defesa para chutar rente ao gol. Antes do intervalo, Olmo exigiu outra boa intervenção de Olsen, aos 44.
O domínio da Espanha era total. Retraída, a Suécia não escondia que seu objetivo era jogar por uma bola. E a chance veio aos 40. Isak fez grande jogada pela direita, deixou Laporte no chão e bateu com perigo. A bola acertou Llorente e atingiu a trave, voltando nas mãos do goleiro Simón.
A Espanha voltou para o segundo tempo com Thiago Alcântara e Sarabia. Na sequência, Gerard Moreno e Oyarzabal também ganharam chance na equipe do técnico Luis Enrique. Mas os anfitriões caíram de rendimento. As investidas de Koke e Olmo se tornaram mais visadas pela defesa sueca e a Espanha só conseguiu levar perigo no ataque aos 22 minutos, com Olmo.
A retranca sueca era cada vez mais eficiente. Já antecipava as trocas de passe dos espanhóis, cada vez menos objetivos. O time da casa lembrava menos a geração anterior, de fino toque de bola, e mais as formações anteriores a Xavi e Iniesta, quanto tinha uma seleção um tanto fragmentada, de pouco brilho individual e mais vontade do que técnica.
Do lado sueco, o técnico Janne Andersson praticamente sabotou o seu próprio ataque ao sacar Marcus Berg e Isak, os melhores jogadores do time, na metade da etapa final. Dali para a frente, a Suécia se concentrou totalmente na defesa, abdicando de buscar o gol.
Mais lento do que no primeiro tempo, o time espanhol criou pouco. Quase na base do desespero, arriscou boas oportunidades com Moreno nos minutos finais. Mas Olsen voltou a trabalhar bem.
Sem sucesso no ataque, a Espanha mostrou que a sua nova versão do “tiki-taka”, famoso no Barcelona de Guardiola e da própria seleção espanhola na Copa do Mundo de 2010, ainda está longe de mostrar eficiência. Foram nada menos que 840 passes ao longo dos 90 minutos, contra 106 dos suecos. O placar, porém, terminou igual para os dois times.
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