A marca, superior em mais de dois minutos do exigido pela World Athletics para a qualificação olímpica, também consagra Daniel como o sul-americano com o melhor desempenho durante uma estreia em maratonas.
Além disso, agora ele detém o quinto melhor tempo da história da América do Sul, atrás dos brasileiros Ronaldo Costa, Marilson Gomes dos Santos, Vanderlei Cordeiro Lima e Luiz Antônio dos Santos. O segundo colocado na maratona foi Ulises Jhamer Martin (2h13min28s) e o terceiro, John Deivis Tello (2h14min19s).
Daniel pretendia participar de mais maratonas neste ano, mas a pandemia de covid-19 atrapalhou os planos. Após uma série de cancelamentos de provas, ele resolveu ir para o Quênia, onde treinou por 42 dias, na cidade de Iten, e se preparou para a conquista histórica deste domingo.
“Ele sempre quis ir para o Quênia, aprender, treinar com eles, com alguns dos melhores fundistas do mundo. Fechou um patrocínio para as passagens e foi para o Quênia. Lá, surgiu a oportunidade de correr essa maratona no Peru, foi e baixou em dois minutos o índice”, explicou Neto Gonçalves, treinador do atleta.
Natural de Paranguaçu Paulista, Daniel treina em Bauru e na cidade de Fernão. Depois de conquistar o 11º lugar na São Silvestre de 2019, ele venceu a 14ª Meia Maratona de São Paulo de 2020 e garantiu vaga no Mundial de Meia Maratona, na Polônia, disputa em que ficou com o 93º lugar.
Com a qualificação, o paulista aumenta para três o número de maratonistas do Brasil classificados para os Jogos Olímpicos. Antes dele, Paulo Roberto de Almeida e Daniel Chaves da Silva já haviam conseguido a vaga, com os índices de 2h10m08s e 2h11m10s, respectivamente.
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