Abrigo tem capacidade para atender todos do município que não tem onde ficar nos dias mais frios; local oferece jantar, café da manhã e um kit para banho
Ontem (30) a noite foi reinaugurado, oficialmente, em Palmas o abrigo temporário para moradores de rua. O local funcionará somente até setembro e tem o objetivo de atender a população que não tem onde ficar a noite, durante o inverno.
De acordo com o secretário de Assistência Social do município, Claudiovani Corrêa, Palmas soma hoje 21 moradores de rua. Desses, como ele conta, uma pequena quantia retorna a seus familiares durante o frio rigoroso e outra parte fica pelas ruas. “Mesmo sabendo que alguns têm um lugar quente para dormir, estamos preparados pra acolher a todos nessas condições.”
Para montar o dormitório, a secretaria contou com algumas pequenas parcerias, onde pessoas da comunidade fizeram doação de cobertores. A compra dos móveis foi feita pela prefeitura, no entanto, empresários do município se disponibilizaram a auxiliar na compra dos mobiliários. Quem tem interesse em fazer doações pode procurar a Secretaria de Assistência Social.
O abrigo, também chamado de albergue, é de uso específico dos moradores de rua. Já para a população que está de passagem por Palmas e não tem onde ficar por uma noite, por falta de condições financeiras, o município conta com o Instituto Palmense de Ações Comunitárias (Ipac).
Funcionamento do local
Situado ao lado do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps), na rua Vicente Machado, o abrigo funcionará, todos os dias, das 17h30 às 9h30. No local serão atendidos homens e mulheres. Atualmente, entre os moradores de rua no município, encontram-se três mulheres e 18 homens.
O abrigo servirá jantar [às 18h30] e café da manhã [entre 8h e 9h] e disponibilizará um kit de higiene pessoal para o banho.
Perfil dos moradores de rua
Conforme apurou a Secretaria de Assistência Social de Palmas, a maioria dos moradores de rua do município são palmenses e possuem algum tipo de dependência química — maioria alcoólatras. Segundo o secretário da pasta, essas pessoas possuem vínculos familiares bastante fragilizados ou já rompidos. “Em boa parte dos casos a família já desistiu deles.”