Luiz Felipe Panozzo
Na noite dessa quinta-feira (15), os alunos do 4º ano A da Escola Municipal São Cristóvão puderam oferecer aos convidados os seus autógrafos. Isso porque, através de projeto coordenado pela professora da turma, Jaine Maira Alves, cada aluno escreveu um livro, sobre o tema que quisesse. E não somente escreveu, como também ilustrou cada página do livro. A noite de autógrafos corou uma ação que só foi possibilitada, graças ao empenho da comunidade escolar e de amigos da escola. Segundo a professora, tudo começou quando os seus 27 alunos voltaram para as aulas presenciais com dificuldades de leitura e escrita. A partir daí, a professora procurou soluções e encontrou a plataforma do projeto Estante Mágica. O site (estantemagica.com.br) recebe os textos e as ilustrações feitas pelos alunos, e produz um livro digital e impresso, dentro das normas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O impresso é opcional, qualquer pessoa pode adquirir e tem um custo, já o digital é gratuito e fica disponibilizado na plataforma através da chave do aluno.
Nesse ponto da história, entra a diferença que ações em comunidade podem fazer em nosso cotidiano. A professora Jaine se reuniu com a direção e amigos da escola, com auxílio da Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) através de rifa e do patrocínio da Atlas Eletrodomésticos para, enfim, realizar a compra dos livros impressos e possibilitar uma noite de autógrafos aos autores mirins. Sobre o teor dos livros, a professora conta que “cada aluno escreveu a sua historinha. Então nós temos livros de fantasia – a maioria dos livros é de fantasia – alguns livros das crianças contam histórias que viveram. Cada livro vai ter a sua característica, e os livros têm em média seis páginas escritas e seis páginas de ilustração”, conta Jaine.
“Tudo é possível”, é o que falou a professora ao observar a obra de seus alunos. “Se tivermos força, abraçar uma ideia e um ajudar ao outro, eu vejo que tudo é possível. Quando surgirem dificuldades, elas podem ser superadas”. E sobre a produção textual dos alunos, ela destaca o avanço de seus alunos. “Muitos alunos que [no início do ano letivo] não conheciam nem o alfabeto completo hoje já conseguem fazer uma leitura. O projeto realmente valeu a pena e nesse meio tempo, eles se divertiram, eles usaram a criatividade, eles tiveram o seu trabalho valorizado e estão colhendo os frutos”, finalizou emocionada a professora Jaine.
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