Nessa região, há rochas de 120 milhões de anos. Os “novos” herbívoros de pescoço comprido tinham pelo menos 15 metros de altura. Uma das espécies foi chamada de Silutitan sinensis. O nome da nova espécie é uma combinação da palavra “silu”, que significa rota da seda em mandarim, e “titan”, alusão aos titãs gregos – termo normalmente usado para saurópodes, por causa do seu tamanho avantajado.
Foram achadas várias vértebras cervicais médias e posteriores articuladas. “As vértebras do pescoço desses saurópode apresentam uma série de bifurcações não esperadas, o que indica a presença de outra estrutura, os sacos aéreos, que são prolongamentos do pulmão, mas não se preservam por serem de tecidos moles”, explicou a pesquisadora Kamila Bandeira, especialista em saurópodes do Museu Nacional da UFRJ e uma das autoras do trabalho. “Isso faz com que o animal fique mais ‘pneumático’, digamos assim. Traz uma leveza inesperada ao animal que não é tão vagaroso quanto se poderia esperar por conta do tamanho.”
A segunda espécie, Hamititan xinjiangensis, foi descrita com base em uma sequência de vértebras caudais anteriores articuladas. Elas são típicas do grupo Titanosauridae, raro na Ásia e comum na América do Sul, inclusive no Brasil. “Os saurópodes dominaram o mundo durante o Cretáceo”, afirmou Kamila. “Na América do Sul, sua diversidade era absurda; um terço de todas as espécies conhecidas é daqui. A parceria dos paleontólogos da UFRJ com os pesquisadores chineses do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia já tem 18 anos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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