“Vemos muito positivamente que a Índia aumente a produção de etanol, queremos ver isso na Tailândia também. Nós, da Raízen, estamos dispostos a ajudar tecnicamente. Estamos conversando até sobre licenciar tecnologia de etanol 2G para outros países.” O etanol 2G é produzido com subprodutos ou coprodutos do processo convencional de produção do biocombustível.
O diretor de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, disse no mesmo evento que o governo trabalha para expandir globalmente o etanol tanto na parte de políticas públicas quanto com o setor privado. “É importante que outros governos entendam como o Brasil desenvolveu uma política pública de etanol, como é a regulação. Mas isso também não funciona sem o setor privado”, disse.
Ele afirmou que a grande fronteira de expansão no momento está na Ásia, em países como Índia e Tailândia. “Esses dois já são produtores de açúcar, então tem um efeito positivo duplo para o nosso setor. Você reduz a oferta de açúcar e equilibra o mercado, e aumenta o número de produtores de etanol, assim o Brasil não fica sozinho com essa bandeira.” Mendes destacou também a necessidade de exportar tecnologia automotiva, para demonstrar que o uso do etanol não causa problemas em veículos.
O embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, que também participou da discussão, apontou que empresas indianas estão começando a entrar com mais força no setor do etanol, e que o momento é bom para se analisar opções de parceria. “A Índia está entre os principais produtores de automóveis, então temos um mercado grande. E nossa classe média vem crescendo”, complementou.
Para o presidente e CEO da Volkswagen na América Latina, Pablo di Si, o momento atual é crítico para definir se o Brasil “será protagonista ou não” no etanol. “A tecnologia e a energia estão mudando muito rapidamente, e nós precisamos abraçar isso.” Ao ser perguntado sobre veículos elétricos movidos a etanol, ele disse que ainda é preciso haver mais pesquisa.
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