Após a fala e antes da correção feita pelo órgão, apoiadores do presidente, como o filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Bia Kicis (PSL-DF), reproduziram a informação falsa por meio de redes sociais.
Mas em conversa na manhã desta terça-feira (8) com apoiadores, mesmo após admitir ter mentido sobre os dados do TCU, Bolsonaro insistiu na tese de haver indício “enorme de supernotificação” sobre mortes de covid-19 no País. Isso ocorreria, segundo ele, por uma manobra de Estados para receberem mais recursos do governo federal.
“Se olharem a tabela oficial de mortes de 2015 para cá, sobe o número a cada ano. Se tirar o número de mortes por covid no ano passado, não teríamos alta em 2020 sobre 2019. O TCU apontou que (supernotificação) podia acontecer para governadores obterem recursos. Vamos apurar quais Estados fizeram a supernotificação em busca de mais dinheiro”, afirmou.
“Isso foi usado para justificar o lockdown, a política do fecha tudo. Nós vamos para cima agora para ver quem fez isso para ver quais estados fizeram isso para conseguir mais dinheiro”, completou o presidente.
OAB
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, comentou nesta terça-feira, em publicação no Twitter, a fala de Bolsonaro na segunda, sobre o relatório do TCU sobre as mortes por covid. “O número de mortes por covid no ano passado poderia, sim, ter sido menor: se Bolsonaro tivesse aderido ao isolamento social, comprado vacinas e pedido à população para usar máscaras. Inventar um relatório do TCU para lastrear fake news não é somente lunático, é desrespeitoso”, escreveu.
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