Por Guilherme Silvério
Acreditar em novo normal, na minha concepção, é concordar com uma situação que deve necessariamente deixar de existir.
Isso mesmo, a pandemia deve deixar de existir. O “começo do fim” da pandemia deve iniciar em nossa forma de encarar esta sombra assombrosa.
Sem passar pelo debate de protocolos, vacinas, negacionismo, quero me deter (neste momento) apenas sobre a condição de que não devemos aceitar essa máxima ou esse meme de “novo normal”.
Não existe novo normal quando as pessoas não podem se relacionar; quando não é possível o comércio ou a economia funcionar de maneira adequada; quando as escolas precisam fazer aulas on-line ou híbridas ou, pior ainda, as escolas fechadas; quando a reunião familiar de fins de semana e datas comemorativas precisam deixar de existir; quando igrejas e templos não podem abrigar seus fiéis; quando o churrasco com amigos é um risco de vida.
Eu me recuso aceitar o novo normal, que na verdade já é um velho normal.
Por isso, ao meu ver, é fundamental mudar a forma de encarar a situação, a maneira que nossa mente, pensamentos e atitudes estão se conformando com essa situação.
Vamos mudar o discurso. Deixemos de dizer, o novo… (aquilo lá que não quero falar – kkkkk) para afirmar algo positivo, que nos direciona à esperança, e não ao conformismo. E conformismo também é outro mal que assola nosso povo.
Meu objetivo aqui não está em discutir a maneira que podemos sair da pandemia, porque existem teorias a mil, desde as conspiratórias, passando pelas vacinas, até chegar em remédios e produtos miraculosos. Apesar de que acredito ser fundamental a eliminação da pandemia, que acontecerá através dos protocolos de bio segurança e a vacinação em massa.
O intuito, hoje, é debater essa inércia pela qual somos assolados, acredito que isso ocorre fruto de nossa cultura subserviente, ou por manipulações governamentais, que a meu ver é também um mal “pandêmico”.
Necessitamos renovar a forma de pensar, deixar de sermos repetidores de hábitos e raciocínios apresentados e apregoados pela grande mídia, rejeitar, fugir, ignorar esses modismos, e acredito que isso é só o começo.
Temos que lembrar que hoje somos nós, os adultos, e amanhã nossos filhos serão, portanto também é de nossa responsabilidade prepará-los para não serem aniquilados e repetidores de jargões e memes como aquele: o novo…, você sabe.
O enfrentamento que devemos ter sobre estas imposições não é algo fácil, nem tão pouco de baixa resistência, pois afinal isto está incrustado em nossa cultura desde sempre, como já afirmei.
E, por final, para piorar tudo, as escolas em sua maioria estão fechadas ou com funcionamento parcial. É exatamente nas escolas que essa “pandemia de pensamento manipulado” pode ser aniquilada.
Nosso povo, infelizmente, está condicionado a acreditar em tudo que é falado, sem ter a prática de pesquisar as informações, de conhecer as raízes e origens das falácias. Penso que se no mínimo as informações das redes sociais e das “pesquisas científicas de whatsapp” fossem questionadas, boa parte deste pensamento coletivo que temos seria significativamente melhorado.
E então, assim, os modismos apresentados pela grande mídia, as promessas de gabinetes de governantes mal intencionados e sofismas da internet não teriam tanto efeito negativo no ânimo e na vida das pessoas.
Guilherme Silverio – instagram: guilherme_s_silverio