Os municípios de Pato Branco e Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, têm sua evolução populacional marcada por intensas mudanças desde o primeiro recenseamento em 1960. Entre os censos de 1960 e 1970, ambas as cidades apresentaram significativa redução populacional como reflexo da emancipação de diversos distritos — processo de desmembramento administrativo que originou novos municípios na região e diminuiu o contingente das cidades-mãe.
Segundo registros do IBGE, Pato Branco passou de 67.721 habitantes em 1960 para 23.597 em 1970, enquanto Francisco Beltrão recuou de 55.253 para 36.730 moradores no mesmo período. Nos anos seguintes, ambas as cidades recuperaram dinamismo populacional, impulsionadas pela urbanização, crescimento econômico e instalação de polos regionais de comércio, serviços e indústria.
O crescimento foi retomado em ritmo constante, com Pato Branco atingindo 96.606 habitantes no Censo de 2022 e Francisco Beltrão superando a marca de 101.302, figurando como os maiores municípios do sudoeste do Estado.
O IBGE estima que, em 2025, a população de Pato Branco seja de 97.821 habitantes e Francisco Beltrão chegue a 102.312 moradores, consolidando a liderança da cidade vizinha como a maior do Sudoeste do Paraná. Além disso, projeções de longo prazo realizadas pelo Ipardes indicam que, em 2050, Pato Branco teria uma população de 131.740 habitantes, superando Francisco Beltrão, que deve alcançar 127.417 residentes.


Emancipação e impactos administrativos
A emancipação de distritos, fenômeno regulado a partir da década de 1950, foi determinante para o redesenho populacional da região. Diversos distritos de Pato Branco e Francisco Beltrão foram elevados a municípios autônomos, redefinindo limites, transferindo residências e mudando o perfil demográfico local. Este processo, registrado nos censos demográficos, explica o recuo brusco observado nas duas cidades entre 1960 e 1970.
No contexto estadual, o Paraná passou por sucessivas ondas de crescimento e concentração urbana, com a população se deslocando cada vez mais para centros maiores até o início do século XXI.





