Nas redes sociais, Aranha agradeceu ao carinho de quem mandou forças e fez orações por ele, além da equipe médica responsável pelo seu tratamento. Semana passada, torcedores, fãs e os clubes pelos quais ele passou se mobilizaram e subiram a hashtag #ForçaAranha para apoiá-lo.
“Eu gostaria de agradecer a todos que oraram e torceram por mim. Acabei de chegar em chegar em casa, conto com a compreensão e respeito de todos para o meu momento de isolamento e recuperação”, disse Aranha. “Agradeço mais uma vez a toda Equipe Médica do Hospital Samuel Libânio que cuidaram de mim e que Deus abençoe a todos”, acrescentou.
Aranha foi liberado do hospital um dia após a mulher do ex-atleta, Juliana Aquino, ter confirmado que o marido havia deixado a UTI e sido transferido para um quarto da unidade médica. Ela também chegou a ser internada devido a complicações da doença, mas já teve alta.
“Estamos muito felizes em saber que ele vai continuar se recuperando fora da UTI. Agradecemos, de coração a todos que incluíram o Aranha em suas orações. Agradecemos a todas as pessoas que torceram por nossa família, neste momento tão difícil e que oraram para que o Aranha se recuperasse o mais rápido possível”, ressaltou Juliana.
O ex-atleta de 40 anos não precisou ser intubado, mas teve de realizar sessões de fisioterapia respiratória para melhorar. Os seus pulmões chegaram a apresentar 50% de comprometimento.
Aranha teve carreira marcante no futebol brasileiro, dentro e fora de campo. Pelo Santos, o goleiro conquistou a Libertadores de 2011 e a Recopa Sul-Americana, em 2012. Em 2015, ganhou a Copa do Brasil pelo Palmeiras, antes de encerrar sua trajetória no Avaí, três anos depois.
Mário Lúcio Duarte Costa ficou marcado como vítima de um dos casos de maior repercussão de racismo no futebol brasileiro. Na Arena do Grêmio, em 2014, quando defendia o Santos, o goleiro foi alvo de ofensas racistas por parte de torcedores do tricolor gaúcho em um jogo da Copa do Brasil. O caso tomou proporção nacional, e o Grêmio acabou excluído do torneio.
Aranha se tornou uma das principais vozes da luta contra a discriminação racial, convidado com frequência para dar palestras em escolas e instituições federais. “Acabei abrindo mão da minha carreira por conta dessa situação. Normalmente, eu não atendo programas esportivos. Não vou porque vão dizer que estou usando o tema para me promover. É uma inversão”, afirmou o ex-goleiro em entrevista recente ao Estadão.
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