Os ex-governadores Roberto Requião e Cida Borghetti participaram nesta quinta-feira (24) da 6ª Legislatura do Parlamento Universitário, promovida pela Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O encontro reuniu jovens deputados universitários para debater política, gestão pública e perspectivas para o futuro.
Cida Borghetti: “Política é ferramenta de transformação social”
Durante sua fala, Cida Borghetti destacou a importância do programa para a formação cidadã:
“É uma alegria e uma honra estar neste plenário, que representa a Casa do Povo paranaense. Vejo aqui jovens comprometidos com o bem público e que podem colaborar com a vida política”, afirmou.
A ex-governadora também ressaltou a relevância do diálogo:
“Muitas pessoas dizem que não gostam de política, mas o mundo é politizado. É fundamental entender a boa política, o diálogo, a diplomacia”, declarou.
Cida lembrou que ajudou a criar a Escola do Legislativo quando atuava como quarta-secretária da Assembleia, após visitas a modelos de outros estados como Minas Gerais, Santa Catarina e Goiás.
“Foi um sonho muito sonhado e hoje é realidade”, completou.
Requião aborda desafios da gestão pública e contradições políticas
À tarde, Roberto Requião também conversou com os participantes do Parlamento Universitário. Ele elogiou a iniciativa e compartilhou experiências de sua gestão no Paraná e no Senado Federal: “Acho maravilhoso que eles escutem como realmente se dá a relação entre governador, processo eleitoral e gestão pública. Quero que entendam a prática”, afirmou.
O ex-governador comentou desafios como os debates sobre o pedágio no Paraná, a relação entre os poderes e a falta de projetos de governo de longo prazo.
“O discurso muitas vezes não corresponde à prática na política. Vemos contradições, como grupos que dizem defender o patriotismo, mas promovem a venda de estatais. Falta definir o que o Brasil quer. Estamos alicerçados no famoso tripé da meta de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. Não há país que funcione com um modelo em que o dinheiro rende mais no banco do que em qualquer empreendimento real. Quem vai correr esse risco?”, refletiu.
Segundo Requião, o país precisa repensar seu modelo econômico:
“Não há país que funcione com um modelo em que o dinheiro rende mais no banco do que em empreendimentos reais”, questionou.
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