Segundo o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, Andrea elenca no e-mail apenas questões pessoais da relação dela com Pazuello, o que, em sua avaliação, não deveria ser abordado pela comissão. “Ela mandou isso 30 dias atrás. Eu li e o Alessandro (Vieira, senador suplente da CPI) leu. Nós não vimos nada que pudesse contribuir para a CPI”, afirmou ao Estadão.
Apesar de ser contrário ao depoimento, Aziz reconheceu que outros senadores da comissão podem organizar uma conversa com a ex-mulher de Pazuello para avaliar se há necessidade de um depoimento formal. “Eu não irei conversar com ela. Se ela quiser conversar com a CPI, faz uma reunião com membros do governo, da oposição e todo mundo junto”, disse o senador do Amazonas.
Já o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), quer ouvir o que Andrea tem a dizer. “Não sei o que ela vai falar. É um e-mail curto, vamos ouvi-la pessoalmente, ela quer vir aqui (na CPI). Vamos conversar com ela”, afirmou ao Estadão.
De acordo com o emedebista, os senadores ainda vão se organizar para marcar uma reunião. “Ela procurou para conversar antes da convocação. É natural fazer isso, as pessoas procuram.”
Nas redes sociais, Andrea é crítica ao presidente Jair Bolsonaro. Em uma post de 2018, o trata como “Bozo”. Em outra postagem, de março deste ano, ela afirma que a filha do casal, de 13 anos, estava recebendo ameaça de morte por causa da atuação do pai à frente do ministério, mas que Pazuello nada fez.
Procurado pelo Estadão, o ex-ministro não se manifestou.
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