Hernández de Cos afirmou que a expectativa de recuperação econômica “é real, mas sua rapidez e profundidade estão sujeitas a uma elevada incerteza”. No caso da economia da Espanha, citou três focos de incerteza: a vacinação; o turismo; e a força do consumo das famílias a partir do que foi economizado durante o auge da pandemia.
Ele disse que a recuperação espanhola teve um freio nos dois últimos trimestres, diante de novos surtos da covid-19 e de medidas para contê-los, e alertou que os efeitos adversos da pandemia sobre o PIB, o emprego e as contas públicas “podem perdurar por vários anos”.
Nesse contexto, o dirigente enfatizou a importância das medidas de apoio, nas políticas monetária e fiscal, inclusive com as ações do Banco Central Europeu (BCE) nessa frente. Ao falar do BCE, defendeu o estabelecimento de uma taxa de 2% como “objetivo preciso e entendido de maneira simétrica”, como tem ocorrido nos Estados Unidos. Atualmente, a meta do BCE é de inflação “perto de 2%”.
Em relação à zona do euro, ele notou que a união bancária regional segue incompleta. Para terminar essa tarefa, seria necessária a aprovação de um fundo de garantia de depósitos.
Hernández de Cos avaliou que os mercados de capitais na Europa seguem “pouco desenvolvidos e integrados”, o que para ele traz a necessidade de avançar para aprovar medidas incluídas no projeto de união dos mercados de capitais da zona do euro.
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