Na segunda-feira (26), o Sistema Faep/Senar-PR promoveu em suas redes sociais, uma transmissão ao vivo, com o tema: “Quais as vantagens de ter um queijo premiado?”. A live contou com a participação do produtor de queijos e presidente da Associação dos Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste do Paraná (Aprosud), Claudemir Roos, de Chopinzinho; do gerente comercial da cooperativa Witmarsum, Antonio Chaves; e do presidente da Comissão Técnica (CT) de Bovinocultura de Leite da Faep, Ronei Volpi, que também é produtor de leite.
A transmissão aconteceu cerca de um mês após o lançamento da primeira edição do Prêmio Queijos do Paraná, iniciativa criada pelo Sistema Faep/Senar-PR, em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e o Sebrae-PR, com objetivo de valorizar e incentivar a produção de queijos no Estado. O prêmio foi lançado no dia 31 de agosto e a premiação será realizada em 1º de junho de 2023, data em que se comemora o Dia Mundial do Leite.
“O nosso queijo não tinha o reconhecimento que merece, por isso, idealizou-se esse prêmio. Tivemos, de bate-pronto, a adesão de mais de 30 instituições no Estado que apoiam esse projeto. Independente de ser artesanal ou industrial, juntos somos mais fortes, vamos buscar o espaço que a nossa produção merece”, destacou Volpi. “O que já estamos assistindo é que houve um grande incentivo à produção queijeira, novo estímulo à produção e ao consumo, demanda bastante aquecia, aceitação do consumidor”, completou, ao referir-se ao lançamento do concurso, cujo regulamento e inscrições estão disponíveis neste link.
A transmissão traçou um panorama da produção de queijos no Estado e discutiu a importância das premiações tanto para produtores artesanais quanto industriais.
Para Roos, da Aprosud, as premiações recebidas pelos produtos da sua queijaria, em 2019, foram “um divisor de águas”. “A premiação, automaticamente, foi muito divulgada na mídia, despertando o interesse do consumidor. Então vejo que é muito importante uma premiação dentro de uma queijaria. A partir do momento da premiação, simplesmente não conseguimos mais atender à demanda. Trabalhamos [desde então] praticamente só por encomenda, reserva. E não é por vaidade, mas porque não temos capacidade de produzir em escala”, conta o produtor artesanal.
Da mesma forma, o gerente da Witmarsum, que teve três queijos premiados recentemente em um concurso mundial, destaca que a premiação funciona como uma vitrine para os queijos produzidos pela cooperativa. “Com certeza [após a premiação] deve haver um aumento na procura. Já estamos sentindo isso, hoje estamos tendo contato com clientes de outras regiões, curiosos em conhecer e adquirir nossos produtos. Não sabíamos que iríamos ganhar o prêmio, mas sabíamos que [essa conquista] iria expor a nossa empresa”, reflete.
Todos os participantes foram unânimes em afirmar que a produção paranaense carece de maior reconhecimento e maior representatividade no mercado. Nesse sentido, um selo e/ou uma medalha referente a uma premiação é um diferencial valioso.