De acordo com o Corpo dos Bombeiros, a principal hipótese é de que as chamas tiveram origem durante a manutenção do ar-condicionado do local e três salas, com material de filmes e impresso, foram completamente consumidas pelo fogo. A Secretaria Especial de Cultura disse ter pedido à Polícia Federal para investigar o problema. Em abril, ex-funcionários da Cinemateca já haviam alertado para o risco de incêndio por causa da deterioração da estrutura do museu.
Segundo Lima, a tecnologia para esse tipo de prevenção já existe, mas o problema é maior e o incêndio expõe uma trajetória de descasos. “Uma goteira que fica estragando o prédio por anos não dá notícia”, explica o engenheiro. Para o diretor, o perigo desse tipo de acontecimento é a rapidez com que o fogo pode se alastrar até incinerar o acervo.
O fogo na Cinemateca não é um fato isolado. Outras instituições como o Museu da Língua Portuguesa, em 2015, e o Museu Nacional, no Rio, em 2018, também queimaram. No caso do Museu Nacional, houve perda de 80% do acervo – coleções inteiras foram destruídas, como a coleção com 12 mil insetos, e itens egípcios, como múmias e sarcófagos. Marcelo Lima avalia que o setor cultural do País precisa de apoio para evitar esse tipo de incêndio no futuro. “Uma perda em um prédio desses não é simples, é uma perda de propriedade de toda a população.”
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