Angela Rosemari da Costa, 57 anos, é uma das curitibanas habilitadas pelo Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, coordenado pela Fundação de Ação Social (FAS). Mãe de uma adolescente, ela já acolheu cinco crianças desde que ingressou no programa, em 2019.
Atualmente, Angela cuida de uma menina de 1 ano e 10 meses, acolhida em novembro de 2024. “Eu amo criança, elas me fazem muito feliz. Elas me fazem mais bem do que eu faço a elas”, afirmou. Apesar de saber que o acolhimento é temporário, reconhece o impacto emocional. “Quando vão embora eu sofro, mas depois vem mais um e preenche aquele vazio. Muitas famílias mantêm contato, mandam fotos e vídeos, o que acalma o coração.”
Encontro regional debate fortalecimento do serviço
Angela compartilhou sua experiência no 2º Encontro Regionalizado do Serviço de Família Acolhedora, realizado nesta terça-feira (5/8), na Rua da Cidadania de Santa Felicidade. O evento reuniu lideranças comunitárias, conselheiros tutelares e a equipe da Acridas, organização parceira da Prefeitura na execução do programa.
Segundo Carla de Souza, coordenadora de Alta Complexidade da FAS, os encontros têm o objetivo de ampliar a divulgação. “Queremos que mais pessoas conheçam o Família Acolhedora e se tornem multiplicadoras dessa informação”, disse.
Impacto social e necessidade de novas famílias
De acordo com a psicóloga Andrea Luchesi Bonfim, coordenadora da Acridas, atualmente 23 famílias estão habilitadas, mas há espaço para 30 vagas. “Precisamos que o serviço seja amplamente conhecido. É um chamado de amor que gera impacto positivo para toda a sociedade”, destacou.
Criado em 2019, o programa já atendeu 104 crianças e adolescentes. Hoje, 16 famílias acolhem 17 acolhidos. Cada família recebe um subsídio mensal de R$ 998 para custear despesas básicas.
Como se cadastrar no Família Acolhedora
Interessados devem preencher o formulário no site da FAS. Requisitos:
- Ter mais de 21 anos;
- Residir em Curitiba ou Região Metropolitana;
- Não possuir cadastro ativo de intenção de adoção;
- Não fazer uso de substâncias psicoativas;
- Boas condições de saúde física e mental;
- Concordância dos demais membros da família.
Após a inscrição, a Acridas inicia o processo de capacitação, com oito encontros formativos, avaliações psicológicas e psiquiátricas. A equipe técnica define o perfil adequado para cada família.
O acolhimento ocorre mediante solicitação de autoridades competentes, como Ministério Público ou Conselho Tutelar, em casos de abandono, maus-tratos ou suspensão do vínculo familiar.
Mais informações:
- E-mail: familiaacolhedora@curitiba.pr.gov.br
- Telefones: (41) 3250-7970 ou 3250-7444
- Clique aqui para se cadastrar no programa
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