“Por isso eu peço apoio a todos os deputados e senadores que deem atenção ao tema, porque só assim manteremos essa empresa secular que tanto orgulha nossos brasileiros”, disse. “Esta é a última oportunidade de garantir a sobrevivência dos Correios.”
O ministro disse que a privatização é fundamental para fortalecer os Correios e a única forma de garantir a universalização dos serviços postais. “Esse é um compromisso do presidente Bolsonaro”, disse.
Faria afirmou que o texto enviado pelo governo foi modificado e aperfeiçoado na Câmara a relatoria é do deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA). Uma das mudanças é a que estabelece um período de transição para a nova empresa e um período de estabilidade para os empregados da estatal.
“Primeiro, consultorias apoiaram o BNDES num estudo detalhado sobre o que precisa ser preservado e melhorado na empresa e nos serviços. Depois, na Câmara, o projeto de lei dos Correios foi aprimorado, estabelecendo limites de preço e uma tarifa social, que garantirá os serviços mesmo para pessoas que não podem pagar por eles”, disse.
O ministro destacou ainda que o “triste histórico de corrupção que prejudicou a empresa” no passado. Sem citar os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ele lembrou que os Correios foram marcados por escândalos e afirmou que isso mudou na gestão atual.
“Quem não se lembra dos escândalos do Mensalão e do Postalis, que causaram bilhões em prejuízos para os brasileiros. Essa realidade mudou com o governo do presidente Bolsonaro”, disse. “Em 2020, os Correios tiveram lucro de R$ 1,5 bilhão, fruto de um trabalho duro com melhorias na gestão, transparência e regras mais rígidas de combate à corrupção.”
Segundo ele, apesar do lucro, a privatização dos Correios é necessária porque o faturamento da empresa é inferior ao valor de investimento que ela precisaria fazer anualmente para se manter competitiva.
“São necessários R$ 2,5 bilhões por ano em investimentos para que os Correios permaneçam competitivos e possam disputar mercado com outras empresas de entregas e logística que já operam no Brasil. Essas empresas têm ganhado cada vez mais espaço porque investem pesado em tecnologia e em inteligência de negócios”, afirmou. “O volume de cartas tem se reduzido dia após dia, enquanto a demanda por encomendas e investimentos em tecnologia e logística só aumenta.”
O ministro disse que a privatização vai garantir aos Correios crescimento e competitividade, além de gerar empregos, desenvolver novas tecnologias e dar mais eficiência, agilidade e pontualidade aos serviços.
“Somente assim os Correios poderão manter a universalização dos serviços postais, que significa estar presente em todos os recantos do país, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, servindo a todos os brasileiros, como prevê a Constituição”, afirmou. “Tenho certeza, que com a privatização, os Correios irão expandir os negócios não só no Brasil, mas também no exterior.”
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