Lagarde disse que gargalos na cadeia produtiva podem representar “dificuldades de curto prazo” na zona do euro, tendo como uma das consequências um impulso na inflação ao produtor. Nesse contexto, voltou a defender que um “amplo grau de acomodação monetária é necessário”, para apoiar a economia.
A dirigente comentou ainda que uma retirada prematura de apoio fiscal seria uma ameaça à recuperação. “O apoio fiscal deve ser temporário e contracíclico”, defendeu.
Apesar de mencionar riscos, Lagarde disse que o comando do BCE está mais otimista agora sobre as perspectivas econômicas do que três anos atrás. Segundo ela, de qualquer modo o banco central segue distante de sua meta de inflação.
Nesse contexto, Lagarde disse que seria prematuro tratar de questões de longo prazo e comentou que qualquer discussão sobre retirada do programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) seria igualmente “prematura”. Ela enfatizou que os dirigentes não discutiram este tema, em sua reunião desta quinta.
Lagarde revelou que houve um debate na reunião sobre o ritmo das compras de ativos por meio do programa de Compras de Emergência de Pandemia (PEPP, na sigla em inglês).
Ainda segundo ela, houve unanimidade entre os dirigentes sobre a linguagem do comunicado publicado mais cedo, mantendo a política monetária.
Comentários estão fechados.