Fauci afirmou que muitos efeitos da nova cepa seguem especulativos, mas indicou que, no momento, é difícil inferir que a Ômicron seja mais transmissível que a variante delta. Segundo o infectologista, não há sugestão de novos sintomas causados pela variante. Por sua vez, quando questionado sobre a possibilidade de os casos até o momento serem menos severos em virtude do maior número de infectados serem pessoas jovens, Fauci reconheceu que é uma resposta possível, mas que ainda é preciso mais tempo. “Saberemos mais nas próximas semanas”, concluiu o infectologista.
Os representantes da Casa Branca se mostraram otimistas com a capacidade do país lidar com a Ômicron. Segundo eles, há avanços na capacidade de sequenciamento genômico e de identificação, além de novas terapias para tratar a covid-19. Há trabalho com Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson para desenvolver adaptações das vacinas, caso necessário. Além disso, o presidente Joe Biden irá divulgar nesta semana plano de como administração vai lidar com a doença no inverno.
“Delta nos deu grande capacidade para lidar com novas variantes”, afirmou a diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Rochelle Walensky. Segundo ela, todos os indivíduos adultos devem receber doses de reforço no país, caso quando estiverem aptos. Além disso, indicou que o CDC mantém suas recomendações para o uso de máscaras.
Em uma questão sobre os esforços dos Estados Unidos para combater a pandemia globalmente, os representantes defenderam as ações do governo. Segundo eles, Washington segue liderando os esforços da vacinação global, sendo os principais doadores. Além disso, Fauci ressaltou que no caso da África do Sul, há dificuldades logísticas locais para realizar a imunização, não sendo meramente uma questão de disponibilidade de doses.
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