“Se este aumento nos custos do serviço da dívida não forem acompanhados por uma melhora nas perspectivas econômicas globais, alguns emergentes podem ver novamente saídas de capital significativas, que podem ser exacerbadas por uma queda no apetite pelo risco global ou problemas nos sistemas bancários”, advertiu a instituição.
Para o Fed, diante dessas circunstâncias, autoridades terão pela frente um quadro desafiador, porque têm capacidade fiscal limitada. Tais questões em nações em desenvolvimentos, diz a entidade, teriam repercussões também nos EUA, dada a alta exposição de instituições americanas a empresas e soberanos emergentes.
De acordo com o relatório, apesar da forte recuperação econômica, a China continua tendo níveis de dívida corporativo e governamental, setor financeiro vulnerável e distorções no mercado imobiliário. O Fed avalia que, caso medidas de Pequim para conter o setor de propriedades não tenham efeito, a especulação seguirá aumentando.
“Considerando o tamanho da economia e do sistema financeiro da China, bem como suas extensas ligações comerciais com o resto do mundo, as tensões financeiras chinesas podem prejudicar ainda mais os mercados financeiros globais e afetar negativamente os EUA”, salientou o documento.
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