Dom Edgar Ertl sac
Em nome dos sacerdotes, diáconos, religiosas, seminaristas e do povo de Deus da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, quero unir-me ao Frei Policarpo Berri pelos seus 96 anos completados, no dia 13 de julho de 2020 e pelos seus 70 anos de vida sacerdotal, em 25 de julho. Que bênção e graça à Igreja pela vida deste frade franciscano, como servidor da boa semente do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, que graça à Diocese em tê-lo como presbítero por décadas. Cumprimentos pela vida em celebração, caro Frei Policarpo, cujo seu nome significa “o que produz muitos frutos”! E os frutos que este homem consagrado a Deus, segundo os conselhos evangélicos e o carisma de São Francisco de Assis, produziu em favor das pessoas neste Sudoeste do Paraná são imensuráveis, incalculáveis! Deus sabe quantos e quais foram os frutos produzidos em sua seara! Deus seja louvado pelo Frei Policarpo que está passando pelo mundo e gerando frutos para o seu Reinado.
Franciscanos na missão evangelizadora da Diocese
Velemo-nos da história da família franciscana nesta Diocese. Os registros históricos da Catedral do Senhor Bom Jesus, em Palmas (PR), abrem um espaço valoroso para os padres franciscanos (OFM), que assumiram a paróquia palmense em 1903, sendo seu primeiro pároco frei Redempto Kulmann. O 2º Administrador Apostólico de Palmas foi nomeado dia 1º de agosto de 1936, frei Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Mello, franciscano. Sua ordenação como 1º Bispo Prelado foi dia 14 de março de 1948. A elevação da Prelazia à diocese deu-se no dia 14 de janeiro de 1958. Para que isso pudesse acontecer houve um envolvimento de suma importância de outro franciscano por quase uma década.
As movimentações para a constituição da Diocese de Palmas tiveram início no ano de 1949, quando o então vigário da Paróquia do Senhor Bom Jesus da Coluna, frei Casimiro Vincenz, conclamou os fiéis de Palmas, em conjunto com os católicos das demais cidades que pertenciam ao território da Prelazia, a contribuírem para que a mesma alcançasse a categoria de Bispado. Para que isso pudesse acontecer, era necessária, por determinação da Santa Sé, a fundação do patrimônio do Bispado, a saber: a construção do Palácio Episcopal e a edificação do Seminário Diocesano.
Em fevereiro de 1957, Dom Carlos novamente conclamava os fiéis para o início da construção do Palácio Episcopal e do Seminário. Em junho deste mesmo ano era lançada a pedra fundamental do Palácio da Coluna do Senhor Bom Jesus de Palmas, que viria a ser inaugurado no ano de 1966.
Todavia, nossa Diocese é reconhecedora e grata pela presença da família franciscana até os dias atuais em Pato Branco, Paróquia São Pedro e a Fundação Celinauta de Comunicação e na Paróquia São Francisco de Assis, de Chopinzinho.
Frei Policarpo!
Frei Policarpo Berri, aos 96 anos impressiona pela capacidade de trabalho e pela bondade evangélica e humana – perito em humanidade no trato com as pessoas. Chegou em Pato Branco, em janeiro de 1958, ainda como jovem frade. A qualquer hora, ele podia ser encontrado nalguma atividade eclesial, ou o que chamamos de atividades pastorais, ou seja, alguém agindo em nome de Jesus, o Bom Pastor, na Paróquia São Pedro e de outros lugares do Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina. Hoje seus limites não o permitem para tanto. Com menos frequência tem podido estender suas sagradas mãos aos céus invocando bênçãos e intercessões aos que lhe suplicam tais favores espirituais.
Enfim, a lucidez, a consciência de pertença à fraternidade franciscana e à Diocese, agregado à sua memória privilegiada, faz deste homem de Deus um dos principais pilares eclesiais desta nossa Igreja Local. A história do Sudoeste do Paraná e da Igreja Diocesana, suas 46 paróquias, têm neste frei abnegado e desprendido, uma fonte de formação e informação, um pilar de sustentação da fé, do amor aos mesmos preferidos de Jesus e dos valores do Evangelho. Parabéns, caro Frei Policarpo!
Bispo Diocesano de Palmas e Francisco Beltrão