Felipe Lima anotou 59s80 na semifinal, acima dos 59s17 obtido na noite de sábado, pelo horário local (manhã de sábado, de Brasília). Ficou, assim, no 12º lugar na prova. Aos 36 anos, o especialista no nado peito é o mais velho da delegação brasileira de natação na capital japonesa. “No final, cansou. Não fiz nada exagerado em comparação a ontem. E isso acarretou nesse resultado que nem eu acreditei. Meu objetivo era chegar na final, lutar por medalha”, comentou o nadador.
“Infelizmente, mudou bastante essa questão de ter as eliminatórias a noite e as semifinais de manhã. Mas mudou para todo mundo. Talvez meu corpo não tenha se adaptado muito bem. Talvez o choque de ontem tenha sido muito grande e eu não consegui me recuperar”, declarou Lima, referindo-se ao esforço das eliminatórias.
“Mas saio feliz, com o meu melhor resultado nos 100m peito, quase recorde sul-americano. Ter melhorado meu tempo aqui depois de quase três anos foi muito importante para a minha confiança. Meus treinamentos vão continuar para outros resultados”, disse Lima, que deve competir ainda nos revezamentos 4x100m medley misto e 4x100m masculino.
A primeira sessão de finais da natação em Tóquio surpreendeu pelos resultados abaixo do esperado e também pelo primeiro recorde mundial da modalidade nesta Olimpíada. A equipe australiana registrou nova marca mundial no revezamento 4×100 metros livre, com 3min29s69. O recorde anterior já era australiano, com 3min30s05, de abril de 2018.
A marca deste domingo foi batida por Bronte Campbell, Meg Harris, Emma McKeon e Cate Campbell. O time canadense levou a prata, com 3min32s78, seguido das americanas, com 3min32s81.
Se o revezamento brilhou, as provas individuais ficaram devendo nesta primeira sessão de finais. Houve provas, como o 400 metros medley, em que o vencedor foi quatro segundos mais lento em comparação aos Jogos de Londres, disputados há nove anos. Vice-campeão no Rio-2016, o americano Chase Kalisz levou o primeiro ouro da natação em Tóquio, com 4min09s42.
Para efeito de comparação, o campeão no Rio-2016 foi o japonês Kosuke Hagino, com 4min06s05. Quatro anos antes, na capital britânica, o americano Ryan Lochte venceu com 4min05s18. Em Londres, Thiago Pereira havia conquistado a prata com 4min08s86. Ou seja, se tivesse nadando ainda e repetisse o mesmo tempo em Tóquio, o brasileiro seria campeão olímpico em Tóquio nos 400m medley. Neste domingo, o americano Jay Litherland levou a prata, com 4min10s28, e o australiano Brendon Smith, o bronze, com 4min10s38.
Situação semelhante aconteceu nos 400 metros livre. Primeira grande surpresa da natação em Tóquio, o tunisiano Ahmed Hafnaoui, de apenas 18 anos, venceu com 3min43s36. No Rio-2016, o australiano Mack Horton venceu com 3min41s55, enquanto, em Londres-2012, o chinês Sun Yang havia faturado o ouro com tempo ainda melhor: 3min40s14.
No feminino, a japonesa Yui Ohashi se sagrou campeã olímpica nos 400 metros medley, com 4min32s08, acabando com a hegemonia da húngara Katinka Hosszu, que foi apenas a quinta colcocada, com 4min35s98. Katinka é a atual recordista mundial e olímpica da distância, que dominava desde Londres-2012 tanto nos Jogos quanto em Mundiais de piscina longa.
As americanas Emma Weyant e Hali Flickinger ficaram com a prata e o bronze, respectivamente, com 4min32s76 e 4min34s90.
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