Mas o técnico reconheceu que a derrota foi um golpe no aspecto psicológico para todos, tanto que o vestiário tinha clima fúnebre. “Claro que a gente sentiu, nos dá muita tristeza sofrer estas duas últimas derrotas da forma como elas aconteceram. Sei que é difícil para o torcedor digerir duas derrotas como estas. Se ele quiser xingar, está no seu direito e temos que saber enfrentar esta situação”, comentou, se referindo também à derrota na rodada passada para o CSA, por 3 a 1, dentro de São Januário.
Para Diniz, o Vasco esteve bem perto da vitória em Campinas e que poderia lhe deixar perto do G4, com chances reais de brigar pelo acesso. “Nós tivemos a vitória praticamente na mão com o pênalti (perdido por Cano), depois ainda tivemos o escanteio e sofremos o gol num contra-ataque. O pênalti desmobilizou nosso time”, reconheceu.
Sobre a escolha de Cano e não de Nenê para a cobrança do pênalti quase aos 40 minutos, o técnico foi claro, elogiando a capacidade de ambos. “Não é porque o Nenê bateu um pênalti contra o Sampaio Corrêa que ele vai ser o batedor oficial. No último jogo quem cobrou foi o Cano. Nós temos dois caras acostumados a bater e na hora bate aquele que se sente melhor.”
Sobre o jogo em si, apesar da forte pressão do Guarani no segundo tempo, com grandes defesas do goleiro Lucão, Fernando Diniz analisou o jogo de forma diferente. “O Vasco foi o time mais a fim de fazer o gol. Nós controlamos o jogo. Concordo que faltou infiltração, faltou finalização, mas não faltou vontade. O Guarani ficou na espera de um contra-ataque. No lance do gol deles, perdemos o pênalti, depois tivemos a chance no escanteio e sofremos um contragolpe que eles tiveram o mérito de aproveitar”, concluiu.
O Vasco agora vai fazer o clássico com o Botafogo, domingo, às 16 horas, em São Januário, pela 34ª rodada, atrás da reabilitação após duas derrotas e para manter vivo o sonho de voltar à elite. Com 47 pontos está em oitavo lugar, sete pontos atrás do Goiás, o primeiro dentro do G4. “Desde o começo eu falo que se tem chance, tem que acreditar. Vamos nos organizar e pensar neste clássico e depois nos outros jogos. Vamos pensar só em 2021 e não adianta falar agora de 2022.”
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