Sábado, 12 de outubro, Solenidade da Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. Nesta data mariana reportamo-nos ao ano de 1717, interior de São Paulo, hoje conhecido mundialmente como “Santuário Nacional de Aparecida”, lugar de encontro da Imagem da Virgem Maria, Mãe de Jesus. Imgem encontrada por três pobres e humildes pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves. Numa das audiências, em 2023, o Papa Francisco disse, quando falava da importância de visitar os santuários marianos ao redor do mundo: “Já no Brasil, os devotos têm o privilégio de contar com o maior santuário dedicado à Nossa Senhora do planeta: o Santuário Nacional de Aparecida”.
Francisco também explicou em que momentos de nossa vida devemos procurar um santuário mariano e as razões de visitar a Casa da Mãe: “Aprendamos quando há dificuldades na vida, procuremos a Mãe; e quando a vida é feliz, procuremos a Mãe para partilhar inclusive isto. Precisamos de ir a estes oásis de consolação e de misericórdia, onde a fé se exprime numa linguagem materna; onde colocamos as fadigas da vida nos braços de Nossa Senhora e regressamos à vida com a paz no coração, talvez com a paz das crianças”.
O que você sabe sobre este lugar sagrado, indagou o Papa Bergoglio? Mas, atenção: se você não tem possibilidade de visitar um santuário mariano, que está longe de você, vale a pena procurar um templo dedicado à Nossa Senhora em seu bairro ou em sua cidade. Onde está Maria há um grande tesouro espiritual. E foi exatamente isso que o Papa Francisco quis dizer quando afirmou: “Ela é Mãe e sob o seu manto cada filho encontra lugar”.
Nossa Senhora, Mãe da Esperança!
Na Bula de Proclamação do Ano Santo, do Ano Jubilar em 2025, Spes non confundit – “a esperança não engana” (Rm 5,5), enaltece o papel de Maria na vida de Jesus. Vamos lê-lo. A esperança encontra, na Mãe de Deus, a sua testemunha mais elevada. N’Ela vemos como a esperança não seja um efêmero otimismo, mas dom de graça no realismo da vida. Como todas as mães, cada vez que olhava para o Filho pensava no seu futuro, e certamente no coração trazia gravadas aquelas palavras que Simeão Lhe dirigira no templo: “Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma” (Lc 2,34-35). E aos pés da cruz, enquanto via Jesus inocente sofrer e morrer, embora atravessada por terrível angústia, repetia o seu “sim”, sem perder a esperança e a confiança no Senhor. Desta forma, cooperava em nosso favor no cumprimento do que dissera seu Filho ao anunciar que Ele teria de “sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, e ser morto e ressuscitar depois de três dias” (Mc 8,31), e no parto daquela dor oferecida por amor tornava-Se nossa Mãe, Mãe da esperança. Não é por acaso que a piedade popular continua a invocar a Virgem Santa como Stella Maris, um título expressivo da esperança segura de que, nas tempestuosas vicissitudes da vida, a Mãe de Deus vem em nosso auxílio, apoia-nos e convida-nos a ter fé e a continuar a esperar (cf. Spes non confundit, n. 24).
Ano Jubilar nos Santuários Marianos!
Em tantos Santuários Marianos espalhados pelo mundo, metas de inúmeros peregrinos que confiam à Mãe de Deus preocupações, sofrimentos e anseios. Neste Ano Jubilar, que os Santuários sejam lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança. Aos peregrinos, convido-os a fazerem uma pausa orante nos Santuários Marianos a fim de venerar a Virgem Maria e invocar a sua proteção. Estou confiante de que todos, especialmente aqueles que sofrem e estão atribulados, poderão experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos; Ela que é, para o santo Povo de Deus, “sinal de esperança segura e de consolação” (cf. Spes non confundit, n. 23).
Dom Edgar Xavier Ertl – Diocese de Palmas-Francisco Beltrão
Comentários estão fechados.