“O resultado positivo de abril é preciso ser visto com cautela. Mesmo tendo sido aparentemente expressivo, ele apenas compensa parte da intensa queda ocorrida em março. O nível dos indicadores sobre o momento presente ainda estão baixos e indicam que a demanda no mês continuou fraca. Pelo lado das expectativas o nível do indicador é um pouco mais alto, mas a interpretação é de redução no pessimismo. Os números negativos da pandemia, as medidas restritivas de circulação e funcionamento e a baixa confiança dos consumidores sugerem que esse cenário só deve mudar quando aparecem os efeitos positivos do programa de vacinação”, avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em abril, houve melhora na confiança em todos os seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 5,7 pontos, para 81,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) aumentou 17,1 pontos, para 87,3 pontos. Segundo a FGV, nenhum dos dois componentes compensou totalmente as perdas registradas em março.
A despeito do crescimento em abril, a FGV ressalta que as diferenças nos níveis de confiança entre os subsetores pesquisados permanecem elevadas, “com destaque negativo para o comércio de tecidos, vestuário e calçados, combustíveis e lubrificantes, artigos culturais e outros do varejo”.
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