“Em maio, a confiança dos consumidores manteve a tendência positiva observada no mês anterior. Houve ligeira melhora da percepção das famílias sobre o momento atual, que atingiu nível mínimo em março, e aumento das perspectivas em relação aos próximos meses. Mas mesmo otimistas com relação à situação econômica do país nos próximos meses, a expectativa das finanças pessoais não avança e o ímpeto para consumo continua muito baixo”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em maio, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,2 pontos, para 68,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 3,2 pontos, para 82,4 pontos.
A percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral no momento atual aumentou 2,3 pontos em maio, para 73,9 pontos. O componente que mede a satisfação sobre as finanças pessoais atualmente subiu 5,9 pontos, para 64,1 pontos.
O item que mede as perspectivas para a economia nos próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em maio, com avanço de 8,9 pontos, para 109,6 pontos. As expectativas em relação à situação financeira das famílias nos próximos meses permaneceram estáveis, com o indicador acomodando em 86,4 pontos.
O componente que mede o ímpeto para compras de bens de consumo duráveis ficou em 53,5 pontos, patamar extremamente baixo em relação ao pré-pandemia. Entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020, o valor médio do item de compras previstas de bens duráveis foi de 82,7 pontos.
“Apesar do resultado positivo desse mês ter sido disseminado por todas as classes de renda e capitais, observa-se que consumidores possuem patamares de confiança bastante distintos e a diferença entre classe de renda baixa e alta tem atingido patamares elevados desde o final do ano passado”, completou Viviane Seda.
No mês de maio, houve avanço na confiança em todas as faixas de renda, com destaque para as famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, cujo ICC aumentou 7,8 pontos, para 69,2 pontos, patamar historicamente ainda baixo.
Na faixa de renda mais pobre, que recebe até R$ 2.100,00 mensais, o ICC ficou em 69,5 pontos, ao passo que na faixa mais rica, com renda mensal superior a R$ 9.600,00, o ICC foi de 85,3 pontos.
A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.628 domicílios, com entrevistas entre os dias 1 e 21 de maio.
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