A indústria de transformação importou 42,8% mais bens de capital em abril de 2021 ante abril de 2020, mas o avanço foi influenciado pelas plataformas de petróleo. Se excluídas as plataformas, ainda houve crescimento de 28,9% nas importações de máquinas e equipamentos pela indústria. A atividade industrial aumentou ainda em 31,2% a compra de bens intermediários.
A importação de bens de consumo duráveis no País avançou 93,8%; a de bens de consumo semiduráveis cresceu 6,6%; a de bens de consumo não duráveis aumentou 17,1%.
A indústria brasileira também exportou mais em abril, em relação ao mesmo período de 2020. O volume de exportações de bens de consumo duráveis teve um aumento de 197,3%, impulsionado por produtos do setor automotivo, enquanto o de bens de capital saltou 81,7%, impactado pelas vendas de aviões.
As exportações de bens de consumo semiduráveis cresceram 134,4%, enquanto as de bens não duráveis aumentaram 20,4%, e as de bens intermediaram avançaram 25,5%.
Em abril, o aumento tanto da exportação como da importação de veículos é decorrente “do comércio intra-industrial que caracteriza esse setor e as trocas no âmbito da América do Sul, em especial com a Argentina”, justificou a FGV, en nota oficial.
“Dos 23 setores listados, em 11 setores a variação nas importações superou a das exportações. As decisões de exportar e importar não são calcadas apenas em câmbio. Além disso, o conteúdo importado de insumos afeta também a rentabilidade das exportações”, ressaltou a FGV.
Em abril, a balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 10,3 bilhões. O volume exportado cresceu 23,3% em relação a abril de 2020, enquanto o volume importado aumentou 28,8%.
No acumulado de janeiro a abril de 2021, o superávit comercial foi de US$ 18,2 bilhões. O volume exportado aumentou 7,2%, e o importado cresceu 12,3%.
A China é o principal responsável pelo saldo positivo da balança comercial brasileira. O comércio com os chineses resultou num superávit de US$ 13,7 bilhões para o Brasil. “No primeiro quadrimestre, a participação do país nas exportações do Brasil foi de 33,6% e nas importações de 21,8%, confirmando a posição de principal parceiro comercial do Brasil”, ressaltou a FGV. Já o comércio com os Estados Unidos de janeiro a abril levou a um déficit de US$ 2,8 bilhões para o Brasil.
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