Além da ausência do título no currículo, apenas um jogador já esteve na decisão da NBA. Foi Jae Crowder, dos Suns, na temporada passada, quando atuava pelo Miami Heat e foi superado pelo Los Angeles Lakers. Será o menor número de participantes anteriores em finais desde 1977.
A inexperiência também ultrapassa o limite da quadra. Assim como quase todos os seus jogadores, os treinadores Monty Williams, de Phoenix, e Mike Budenholzer, de Milwaukee, vão debutar nas finais da NBA. “Estou gostando de ver nossos jogadores aproveitando este momento”, comentou Williams.
Os Suns estão atrás do primeiro título na história. A equipe do Arizona chegou duas vezes nas finais. A primeira foi em 1976, quando perdeu para o Boston Celtics. A outra em 1993, quando, sob o comando do MVP da temporada, Charles Barkley, sucumbiu ao Chicago Bulls, de Michael Jordan.
O Phoenix chega na decisão após terminar na segunda colocação da Conferência Oeste, com 51 vitórias e 21 derrotas, atrás apenas do Utah Jazz. A franquia não chegava na pós-temporada havia dez anos. Nos playoffs, os Suns despacharam o atual campeão Lakers na primeira rodada e depois eliminaram Denver Nuggets e Los Angeles Clippers.
O pilar da equipe é formado pelo experiente Cris Paul e os jovens talentosos Devin Booker e Deandre Ayton. O armador de 36 anos, enfim, conseguiu alcançar uma final de NBA após 16 temporadas. Com médias de 18,1 pontos, 8,7 assistências e 3,9 rebotes nos playoffs, ele contribuiu muito para o crescimento da equipe. Com menos pressão sobre os ombros, Booker evoluiu e ostenta médias de 27 pontos, 6,4 rebotes e 4,8 assistências no pós-temporada. Ayton registra 16,2 pontos e 11,8 rebotes por jogo.
“A minha carreira toda eu queria fazer parte disso (uma final de NBA). Não posso desistir agora”, afirmou Cris Paul. “É como um livro de histórias, indo para um lugar que nunca estive. Demorou muito para chegar, estou feliz, mas ainda temos muito trabalho pela frente”, reforçou Booker.
Se os Suns querem o primeiro título, os Bucks não ficam muito atrás. A franquia de Wisconsin foi campeã apenas uma vez, em 1971, quando o lendário pivô Kareem Abdul-Jabbar ainda era conhecido como Lew Alcindor – ele mudou de nome ao ser converter ao islamismo – e superou o Baltimore Bullets. Foram ainda 47 anos (1974) sem conseguir chegar em uma final.
O Milwaukee precisou superar o trauma de eliminações recentes que quase fizeram Giannis Antetokounmpo não renovar o contrato. Nesta temporada, os Bucks terminaram na terceira colocação da Conferência Leste, com 46 vitórias e 26 derrotas. Nos playoffs derrubaram o Miami Heat na primeira rodada, passaram pelo favorito Brooklyn Nets e derrotaram o surpreendente Atlanta Hawks na sequência.
“Sempre que você perde é necessário ser honesto consigo mesmo. Quando este grupo não foi capaz de avançar, doeu, mas os rapazes trabalharam duro”, afirmou Mike Budenholzer. “Mas ainda precisamos fazer muito, tem muita coisa pela frente”, acrescentou.
Estrela da franquia, Antetokounmpo ainda é dúvida para o jogo 1 das finais. O grego ficou fora dos últimos dois jogos contra o Atlanta Hawks por causa de um problema no joelho esquerdo. Se ele não jogar, os Bucks vão depender mais uma vez de Khris Middleton e Jrue Holiday. A dupla foi responsável por liderar o time ao título da Conferência Leste na ausência do companheiro.
Middleton registra médias de 23,4 pontos, oito rebotes e 5,1 assistências nos playoffs, números superiores ao da temporada regular. Já Holiday ostenta 17,6 pontos, 8,4 assistências e 5,6 rebotes por jogo. “Todo mundo está unido e pronto”, avisou Middleton.
Na temporada regular, o Phoenix venceu os dois jogos contra Milwaukee. Coincidemente, ambos por apenas um ponto (124 a 125 e 128 a 124), sendo um deles na prorrogação.
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