Sobre o virologista Paolo Zanotto, Maierovitch fez as mesmas considerações e ainda pontuou que, apesar de o médico opinar com frequência sobre tratamento precoce, essa não é a área de estudo de Zanotto. “Com todo respeito, ele é um biólogo, virologista, não foi formado para tratar pessoas”, disse o médico. Ele ainda classificou o deputado e ex-ministro Osmar Terra (MDB-PR) como alguém hoje mais atuante na política do que na Medicina.
“Alguma coisa aconteceu, algum vírus provavelmente não biológico, que acometeu pessoas que tinham trajetória importante, mas enveredaram em oposição ao conhecimento científico”, afirmou Maierovitch.
Ele e a microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Natalia Pasternak, que também fala à CPI nesta sexta-feira, avaliaram que bons quadros técnicos hoje não estariam dispostos a trabalhar no governo Bolsonaro. “Muitos quadros técnicos que conheço não se disporiam a trabalhar. O que muitos falam é ‘não vou sujar meu nome, meu currículo, trabalhando nesse meio'”, disse o médico.
Maierovitch foi endossado por Pasternak. “É um meio negacionista. Muitos bons cientistas e técnicos não se sentem confortáveis de trabalhar em governo em que a ciência está sendo negada e atacada, os coloca em situação muito difícil”, afirmou.
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