Com a chegada da pandemia da covid-19 e a incerteza sobre tratamentos que podem ser benéficos aos acometidos pelo vírus, muitos profissionais da saúde encontram em suas áreas uma forma de proporcionar alívio a esses pacientes e diminuir o impacto provocado pelo novo coronavírus no corpo, que em muitas ocasiões têm deixado sequelas e impossibilitado as pessoas de retomarem suas atividades cotidianas após o contágio.
Entre as possibilidades de terapia oferecidas para diminuir os desconfortos sentidos no período pós-covid está a fisioterapia respiratória oferecida pela Celeste Clínica Integrada. Seu objetivo é auxiliar os pacientes a retomarem suas atividades cotidianas sem que precisem se esforçar para respirar de forma adequada e eficiente.
Segundo Kellen Caldato Fleituch, fisioterapeuta há 15 anos na área respiratória, assim como em outras áreas da profissão, o principal foco do tratamento é devolver a eficiência para que a pessoa volte a respirar bem e tenha um bom funcionamento dos pulmões, sem esforço, e consiga desenvolver suas atividades.
Para definir o tratamento, o paciente passa por uma avaliação individualizada, e diante disso é feito um cronograma de reabilitação. Segundo Kellen, “com a covid não existe uma receita pronta de tratamento. Você tem que ouvir a queixa, o que aconteceu, se foi hospitalizado, se houve comprometimento pulmonar, uso de oxigênio ou algum aparelho para respirar e como era a vida dele antes disso”.
Após fazer uma avaliação completa com base no sistema muscular, cardiovascular e respiratório, só então é elaborado um plano de tratamento.
Os atendimentos de fisioterapia respiratória são realizados com técnicas específicas, manuseios, movimentos, exercícios e orientações que melhoram a mecânica respiratória do paciente, buscando uma sincronia e diminuindo o esforço desses músculos, promovendo alívio dos sintomas. Com isso, o paciente apresenta diminuição na tosse e das tensões para que a pessoa consiga retomar suas atividades sem incômodo.
A fisioterapeuta explica que essa falta de sincronia e coordenação dos movimentos respiratórios acontecem devido ao comprometimento pulmonar causado pela infecção da covid-19, pelo uso excessivo e de altas doses de medicamento, perda de força muscular, tosse excessiva e fraqueza, “e tudo isso causa um desequilíbrio”, comenta Kellen.
Quando procurar ajuda
A fisioterapia respiratória fica indicada para todas as pessoas que tiveram comprometimento respiratório leve, moderado ou grave, e que apresenta qualquer grau de dificuldade na hora que retomar suas atividades.
Além dos sinais clássicos caracterizados pelo cansaço, tosse, fraqueza, falta de ar e dificuldade em realizar atividades cotidianas, existem outras queixas apontadas por Kellen que exigem atenção, como dores articulares e dores de cabeças, dores nas costas… “Existe uma gama muito grande de técnicas que a fisioterapia pode oferecer para melhora dessas queixas, não somente na parte respiratória”.
A fisioterapeuta afirma que é muito importante que essas pessoas também tenham avaliação médica, realizem os exames necessários, tomem os medicamentos corretamente. “Tudo isso traz segurança na hora de programar o tratamento”.
As sessões de fisioterapia duram em torno de 50 minutos e a frequência depende da necessidade de cada paciente. “Geralmente é entre três e cinco vezes na semana, e as sessões vão diminuindo conforme a evolução e o desempenho de cada um”, diz.
Uma opção oferecida pela Clínica Integrada Celeste é a possibilidade de iniciar o tratamento de forma domiciliar para aqueles pacientes que estão com um quadro muito debilitado ou necessitam do uso de oxigênio.
Kellen comenta que, atualmente, com o início da pandemia, os números de atendimentos de fisioterapia respiratória aumentaram consideravelmente devido aos bons resultados que proporciona a seus pacientes. “Muitas pessoas demoram para retomar as atividades mesmo após semanas ou meses da covid-19, e ainda tem dificuldade, falta de ar, cansaço, e a fisioterapia melhora e auxilia nas funções e acelera a retomada das atividades, integrando todo o corpo com o sistema respiratório”, finaliza.