Gabriel foi o protagonista do duelo em Assunção. O camisa 9, oportunista como sempre, participou de todos os gols. Começou a jogada do primeiro, anotado por Arrascaeta, marcou o segundo e terceiro e deu a assistência para Vitinho selar o triunfo no fim. Ele fez o segundo gol nos acréscimos da primeira etapa em cobrança de pênalti, uma de suas especialidades, e marcou o terceiro após um chute errado de Bruno Henrique que virou assistência para o agora artilheiro isolado da Libertadores, com oito gols. Torres marcou o único gol da equipe do Paraguai, quando o placar estava 2 a 0 para o time de Renato Gaúcho.
Arrascaeta também foi figura central da partida. O meia uruguaio abriu o placar completando contra-ataque rápido após assistência de Bruno Henrique no início da primeira etapa, poucos minutos depois se chocou com Salazar e no fim do primeiro tempo sofreu um pênalti. Ele acertou a mão no rosto do lateral, que, após dez minutos de atendimento, saiu de ambulância do gramado e foi encaminhado ao hospital. O semblante dos atletas e a tensão que se formou denunciaram a gravidade da lesão, possivelmente uma fratura. Ainda assim, o árbitro nada marcou e também não foi ver o lance no monitor do VAR.
O jogo teve a presença de público graças à autorização do Ministério da Saúde do Paraguai. Na volta, no Mané Garrincha, em Brasília, na próxima quarta-feira, às 19h15, o Flamengo também será apoiado por sua torcida em busca da vaga à semifinal. O clube iniciou a venda de ingressos e já esgotou três setores.
Em campo, o Olimpia, que eliminou o Inter nas oitavas, decidiu fazer um jogo franco. Preferiu não se limitar à defesa, mesmo tendo problemas na retaguarda e enfrentando um rival muito superior tecnicamente. Os paraguaios foram agressivos e levaram perigo no ataque, mas deram muitos espaços. Melhor para o Flamengo, que precisou de poucas chances para aproveitar.
À vontade, o time carioca abriu o placar com Arrascaeta. Gabriel lançou Bruno Henrique, que disparou, invadiu a área e rolou para o uruguaio dominar e, com calma, mandar para as redes aos 15 minutos. O jogo teria outro rumo a partir dos acréscimos do primeiro tempo. Aos 52, Filipe Luís recebeu o segundo amarelo depois de falta em Sosa e seria expulso. Mas, com auxíli do VAR, o árbitro argentino Fernando Rapallini entendeu que houve pênalti em cima de Arrascaeta no lance anterior e anulou o cartão do lateral flamenguista.
Na cobrança, Gabigol deslocou Aguilar e ampliou o marcador aos 56. Dois minutos depois, porém, o Isla não conseguiu o corte em disputa com Sosa, a zaga cochilou e Torres apareceu na área para cabecear para as redes, reduzindo a desvantagem e dando mais emoção à animada partida.
O Flamengo sepultou qualquer possibilidade de reação dos paraguaios com um gol cedo no segundo tempo. E ele saiu de novo dos pés de Gabigol, agora artilheiro isolado da Libertadores, com oito gols. O camisa 9 estava bem posicionado na área e aproveitou um chute errado de Bruno Henrique para escorar para as redes aos seis minutos. No fim, aos 45, Gabigol rolou para Vitinho, que entrara no lugar de Diego, transformar o placar em goleada e sacramentar a vitória que coloca o time carioca muito perto das semifinais.
FICHA TÉCNICA:
OLIMPIA-PAR 1 x 4 FLAMENGO
OLIMPIA-PAR – Alfredo Aguilar; Víctor Salazar (Otálvaro), Saúl Salcedo, Richard Ortiz, Iván Torres; Ramón Sosa, Braian Ojeda, Edgardo Orzusa (Quintana), Derlis González (Camacho); Roque Santa Cruz e Walter González (Jorge Recalde). Técnico: Sergio Oreman.
FLAMENGO – Diego Alves; Isla, Gustavo Henrique, Léo Pereira, Filipe Luís (Ramon); Willian Arão, Diego (Vitinho), Arrascaeta (Thiago Maia), Everton Ribeiro (Michael); Bruno Henrique e Gabriel. Técnico: Renato Gaúcho.
GOLS – Arrascaeta, aos 15, Gabriel, aos 56, e Iván Torres, aos 58 minutos do primeiro tempo. Gabriel, aos 6, e Vitinho, aos 45 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Fernando Rapallini (Argentina).
CARTÕES AMARELOS – Ortiz, Derlis González, Gustavo Henrique, Filipe Luís, Salcedo, Orzusa, Arrascaeta, Isla
LOCAL – Estádio Manuel Ferreira, em Assunção, no Paraguai.
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