O Flamengo vinha de excelente retrospecto para cima do Athletico até ser surpreendido por 3 a 0 no jogo de volta da Copa do Brasil. No entanto, a recuperação veio em grande estilo, ao bater o Atlético Mineiro, por 1 a 0, na última rodada do Brasileirão, resultado que deixou o clube na terceira posição, com 49 pontos, apenas atrás do líder (59) e do Palmeiras (52), e aliviou a pressão em cima do técnico Renato Gaúcho.
O treinador chegou a ser xingado pelos torcedores e respondeu sobre a pressão sofrida por ser comandante do Flamengo. No jogo da eliminação, parte da torcida gritou o nome de Jorge Jesus, técnico multi-campeão pela equipe e hoje no Benfica.
“Já sou vacinado. Eu não caí de paraquedas no futebol. Não sou contra a crítica, só achei, no geral, as críticas exageradas para todo mundo. Por isso, assumi a culpa na quarta-feira. Pode criticar. O que criticou quarta vai nos elogiar amanhã. Faz parte. É paixão. Muitas pessoas gostam do circo pegando fogo, muitas pessoas ganham dinheiro em cima de críticas, no clique. Isso que passei ao grupo: ‘Sou a fortaleza de vocês, o muro de vocês’. Pode bater em mim à vontade”, chegou a dizer o treinador.
O time carioca costuma ser um visitante indigesto. Dos 12 jogos realizados na competição longe do Maracanã, venceu seis, empatou três e perdeu outros três. Tem a quinta melhor campanha, com 21 pontos conquistados, sendo até mesmo semelhante ao que faz o Athletico dentro da Arena da Baixada.
A equipe paranaense tem 50% de aproveitamento em seu estádio, tendo realizado 14 partidas, com seis vitórias, três empates e cinco derrotas, um total de 21 pontos conquistados. No entanto, a fase é ruim na competição, com 34 pontos, lutando contra o rebaixamento.
Para o confronto, Renato Gaúcho viu a lista de desfalques aumentar com a lesão de Rodrigo Caio e a suspensão de Bruno Henrique. O defensor sentiu dores no joelho durante o aquecimento para o duelo contra o Atlético Mineiro, enquanto o atacante levou o terceiro amarelo ao retardar uma cobrança de falta nos minutos finais do primeiro tempo.
Sem a dupla, o treinador deverá novamente escalar o Flamengo com Gustavo Henrique e Léo Pereira no sistema defensivo. No ataque, a primeira opção é Vitinho, formando assim um triângulo com Michael e Gabriel. David Luiz, Filipe Luis, Diego, Arrascaeta e Pedro seguem vetados e sequer foram relacionados.
FORÇA MÁXIMA – Mesmo com a cabeça nas finais da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, o Athletico tenta mudar a chave para não correr risco de rebaixamento no Brasileirão. O time paranaense deve ter força máxima para enfrentar o Flamengo. A única baixa é o zagueiro Zé Ivaldo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
A saída de Zé Ivaldo já era prevista com o retorno de Pedro Henrique, poupado do último duelo diante do Santos, na derrota por 2 a 0, mesmo em casa. Ainda retornam ao time o meia Léo Cittadini e o atacante Nikão.
Com isso, Christian e Pedro Rocha devem ficar como opções no banco de reservas. Ou seja, o técnico vai usar a mesma formação que derrotou o Flamengo, por 3 a 0, na semifinal da Copa do Brasil na semana passada no Maracanã.
O técnico Alberto Valentim realizou duas sessões de treinamentos, ambas no CT do Caju. O foco foi na recuperação física do elenco, mas com trabalhos voltados para aspectos técnicos e táticos.
“É um adversário que nós precisamos vencer. Estamos vindo de três reveses em casa, contra Bahia, Fluminense e Santos, e precisamos dar uma resposta.Temos que mudar totalmente o foco agora. Virar a chave. As finais estão longe e a gente tem nossos compromissos no Campeonato Brasileiro”, ressaltou o treinador.
Há cinco jogos sem vencer, o Athletico se aproximou de forma perigosa da zona de rebaixamento. O time paranaense está na 15ª colocação, com 34 pontos, quatro acima do Sport, o primeiro dentro da zona de rebaixamento.
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