Com pintura de Kayke, gol 400 da carreira de Fred, e outro de John Kennedy no fim, o Fluminense subiu para os 16 pontos, se consolidando na quarta colocação. Abriu quatro sobre o Botafogo, em quinto e próximo rival, restando apenas duas rodadas para o término da primeira fase. A vantagem pode cair para três pontos caso o Vasco ganhe o clássico do Flamengo, na quarta-feira, mesmo assim seguirá muito boa.
O resultado foi importante, mas o Fluminense ainda não encontrou a regularidade na competição. Sabe que apenas com o tempo o entrosamento e o rendimento serão os ideais para a equipe voltar a fazer um belo ano, como na temporada passada, apesar da falta de títulos.
Disposto a usar os jogos do Carioca para aprimorar o Fluminense para os futuros compromissos da Libertadores, o técnico Roger Machado certamente ficou bastante decepcionado com o primeiro tempo no Maracanã.
Diante de um oponente bem mais frágil que River Plate e Independiente Santa Fé, rivais da Libertadores, sua equipe fez 45 minutos frustrantes, praticamente não ameaçando o goleiro Luis Henrique. Para quem vinha de goleada por 4 a 0, a expectativa era gigante.
Mas, desta vez, os meninos Luiz Henrique e Kayky não brilhavam como diante do frágil lanterna Macaé e a bola quase não chegou ao artilheiro Fred. Nem mesmo as jogadas aéreas funcionaram. Numa delas, o zagueiro Nino alegou ter sofrido um pênalti. Nada, de acordo com a arbitragem.
Para quem vai encarar o River Plate já no dia 21, Roger Machado terá de mudar bastante a postura para não fazer feio na competição sul-americana. O primeiro tempo do retorno ao Fluminense não existiu para o vice-campeão do Estadual que fala em coisas grandes em 2021. Obrigado a propor o jogo, pouco fez diante de um rival bem postado na marcação.
Faria modificações já no intervalo, Roger Machado? O treinador optou por voto de confiança nos titulares. Sabe que eles têm de entrosar. Mesmo ciente que a vaga nas semifinais do Carioca ficaria ameaçada em caso de tropeço. Acertou em não sacrificar ninguém.
Se não dava na técnica, a jogada individual se fez presença com mais uma cria de Xerém. Novidade na rodada passada, Kayky fez um golaço no Maracanã, driblando três marcadores e batendo colocado. Gol de quem sabe e de alívio num jogo até então sem graça e complicado.
Marcando bem até então, o Nova Iguaçu se viu obrigado a sair da defesa. E foi ao ataque, com Rafinha, Canela e Abuda buscando o empate. Não acertaram o alvo, entretanto. Erraram e acabaram castigados.
Fred recebeu assistência de Nenê e bateu forte para festejar seu 400° gol da carreira. São 182 pelo Fluminense do terceiro maior goleador do clube. Certamente ele passará Orlando Pingo de Ouro e se tornará o segundo, já que são somente dois gols a menos. Vantagem tranquila no placar que durou só um minuto, com Anderson Künzel descontando a seguir.
O Nova Iguaçu se esforçou, mas foi o Fluminense quem teve as melhores ações da etapa. No fim, John Kennedy ampliou, dando números finais ao compromisso. Sem ser brilhante, o Fluminense foi eficaz nos 45 minutos finais e dificilmente não estará nas semifinais.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 3 x 1 NOVA IGUAÇU
FLUMINENSE – Marcos Felipe; Calegari, Nino, Luccas Claro, Egídio; Martinelli, Wellington (Yago Felipe), Nenê (Caio Paulista); Luiz Henrique (Gabriel Teixeira), Fred (Lucca) e Kayky (John Kennedy). Técnico: Roger Machado.
NOVA IGUAÇU – Luis Henrique; Leonardo, André Santos, Gilberto e Rafinha; Abuda, Vandinho (Raphael Carioca), Anderson Künzel e Dieguinho (Baggio); Yan (Andrey) e Canela (Luã Lúcio). Técnico: Carlos Vítor.
GOLS – Kayky, aos 6, Fred, aos 17, Anderson Künzel, aos 18 e John Kennedy, aos 46 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Alexandre Vargas Tavares de Jesus.
CARTÕES AMARELOS – Lucca, Wellington e Yago Felipe (Fluminense) e Luis Henrique, Rafinha e Dieguinho (Nova Iguaçu).
LOCAL – Maracanã.
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