“Os dados de fluxo de veículos seguem sensíveis às restrições de circulação motivadas pelas medidas de isolamento social. Todas as regiões cujas aberturas são divulgadas apresentaram queda na movimentação de leves e pesados em abril”, afirma Andressa Guerrero, analista da Tendências Consultoria.
Ante abril de 2020, mês em que a circulação atingiu o menor nível da série, iniciada em janeiro de 1999 devido à pandemia de covid-19, o crescimento do fluxo de veículos é de dois dígitos em todas as categorias. O movimento total de veículos subiu 48,4%, com avanço de 57,7% de pesados e de 30,9% de livres.
No ano, há alta de 3,7% no fluxo de veículos (0,9% de leves e 11,4% de pesados), enquanto em 12 meses a queda vem diminuindo, chegando a 7,7% até abril (o recuo foi de 13,2% até março). Nessa base de comparação, o recuo é totalmente explicado pelo movimento de leves (-11,6%), enquanto o de pesados acumula elevação de 3,8%.
Estados
No Paraná, houve crescimento de 3,8% no fluxo de veículos em estradas com pedágio em abril ante março, com ajuste sazonal. O avanço foi fruto do aumento da circulação de leves (24,8%), enquanto o movimento de pesados caiu 5,4%. Frente a abril de 2020, o aumento na circulação total foi de 35,9%, sendo de 52,4% de leves e 20,1% de pesados. Nos últimos 12 meses, a queda no fluxo nas estradas paranaenses é de 3,4% devido ao comportamento de leves (-8,9%). O movimento de veículos pesados aumentou 5,5% no período.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por sua vez, houve redução no fluxo de veículos total em abril na margem dessazonalizada. No território paulista, o recuo foi de 0,90% (-0,7% de leves e -4,1% de pesados). Já, no Rio, a queda foi maior, de 2,6% (-1,9% de leves e -11,5% de pesados).
Em relação a igual mês de 2020, o aumento foi de 49,4% em São Paulo (58,5% de leves e 31,0% de pesados) e de 62,2% na região fluminense (68,8% de leves e 37,8% de pesados). Em 12 meses, a queda é de 9,6% no fluxo de veículos em estradas com pedágio em São Paulo, sendo que é toda explicada pelo comportamento de leves (-13,4%). O movimento de pesados tem alta acumulada de 3,2% no período terminado em abril.
No Rio, por sua vez, o recuo em 12 meses, de 6,2%, deve-se tanto à diminuição do fluxo de leves (-6,9%) quanto de pesados (-2,6%).
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