O conselho do FMI observou que as medidas adotadas pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) têm sido “altamente eficazes” na administração da crise e na retomada econômica. “Os diretores cumprimentaram o compromisso do Fed em comunicar com bastante antecedência seu pensamento, de forma que a eventual retirada das compras de ativos e da acomodação monetária seja ordenada e transparente”, conforme o documento. O FMI estima que o juro suba de 0,1% no fim de 2021 para 0,2% em 2022, 0,7% em 2023, 1,4% em 2024, 2,1% em 2025 e 2,3% em 2026.
Os diretores afirmaram, ainda, que sérias considerações devem ser feitas sobre mudanças estruturais na operação do mercado de Treasuries, dos mercados monetários principais e dos fundos do mercado monetário de primeira linha. “A pandemia revelou deficiências importantes no funcionamento sob estresse de mercados e instituições dos EUA sistemicamente importantes”.
A expectativa é que, na comparação anual, a inflação medida pelo índice de preços dos gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) fique em 4,3% em 2021 e 2,4% em 2022 e 2023. O núcleo da inflação, por sua vez, deve ser de 3,7%, 2,4% e 2,6%, respectivamente, na mesma base de comparação.
Mesmo elogiando os esforços americanos para controlar a pandemia da covid-19, os membros do conselho pontuaram que o progresso veio com um custo, elevando significativamente o nível da dívida pública e ampliando o déficit atual. De acordo com o relatório, os diretores enfatizaram que ajustes de política são necessários para reduzir o déficit fiscal e colocar a dívida pública em uma trajetória de queda gradual no médio prazo.
Entre as recomendações do Fundo, está aumentar as receitas americanas – através de um imposto sobre o carbono, maior tributação sobre os combustíveis e um imposto federal sobre o consumo de base ampla – e diminuir o impacto do envelhecimento da população nos gastos futuros.
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