Pouco mais de uma semana antes da cerimônia de abertura, novos casos ligados aos Jogos Olímpicos e infecções em alta em Tóquio ressaltam os riscos de sediar o maior evento esportivo do planeta durante uma pandemia – mesmo sem espectadores nos locais de competição.
Oito funcionários de um hotel da cidade de Hamamatsu, situada a sudoeste de Tóquio, foram diagnosticados com o novo coronavírus, disse uma autoridade municipal. No entanto, os 31 membros da delegação brasileira hospedados no local, que inclui atletas de judô, estão em uma “bolha”, separada dos outros hóspedes, e não foram infectados.
“Todas as medidas foram reforçadas no hotel onde seis atletas olímpicos de judô estão hospedados em Hamamatsu e que teve funcionários que testaram positivo para o novo coronavírus antes da chegada da deleção brasileira. Nenhum desses funcionários teve contato com os atletas brasileiros”, disse o Comitê Olímpico do Brasil (COB) em nota oficial.
“A delegação brasileira tem um elevador de uso exclusivo no hotel, usa apenas máscara N95, higieniza as mãos todo o tempo, faz as refeições em um restaurante separado. Além disso, todos, equipe do hotel e delegação brasileira, passam por testagem diária”, acrescentou.
“Somente quem apresenta um teste negativo está trabalhando com a equipe de judô”, afirmou Yoshinobu Sawada, funcionário esportivo da cidade. “Explicamos à equipe que somente trabalhadores saudáveis estão na bolha. Acredito que eles entenderam a situação e nossas medidas anticontágio”, disse. Um parente de um dos trabalhadores infectados também deu positivo, de acordo com as autoridades de Hamamatsu.
Tóquio, cidade-sede onde um estado de emergência foi imposto até depois do final da Olimpíada, em 8 de agosto, também registrou 1.308 casos novos de covid-19 nesta quinta-feira, a maior quantidade em quase seis meses. Variantes altamente contagiosas do vírus atiçam a onda mais recente de infecções e a incapacidade de vacinar as pessoas mais rápido deixa a população vulnerável.
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