No segundo semestre, Danilo vai completar 10 anos da primeira convocação. Aos 29anos, finalmente faz uma competição como titular após sofrer com lesões no tornozelo que o tiraram de Copa América em 2016 e da Copa da Rússia. Quando tinha tudo para ganhar sequência, ele se contundiu. Ciente que a briga por vaga é sempre acirrada, ele não pretende dar brechas e já se escala por antecedência.
“Eu sempre deixei claro na carreira, principalmente nos clubes, que quantos mais jogos fizer, melhor me sinto. Uns aceitam descansar um ou outro jogo, mas eu prefiro jogar todos. Já são 54 na temporadas, com o Casemiro, estou entre os líderes em minutagem em campo”, enfatiza. “Estou na plenitude física, técnica e mental e isso reflete nas minhas atuações na seleção e na Juventus. Tite sabe bem o planejamento, mas por preferência quero jogar sempre, pois fico mais feliz e solto.”
Apesar de estar há uma década na seleção, Danilo quase não teve chances com Daniel Alves e Maicon sempre na preferência dos treinadores. Agora, ciente que o são-paulino voltou aos planos e novos jogadores chegam com ambições na seleção, sua meta é mostrar que a camisa 2 “tem dono”.
“A primeira convocatória em 2011, então são 10 anos no ciclo, bastante tempo, já deu tempo de ser velho conhecido da casa, integrado”, diz. “Claro, com todo respeito por quem fez história com a camisa 2, na minha trajetória sempre briguei com Daniel Alves e Maicon, foi sempre complicada e levei como aprendizado”, segue. Porém, vai além:
“Dizer que é meu momento é muito difícil porque a concorrência é sempre grande e futebol dinâmico, as coisas mudam rápido, mas me sinto muito preparado, muito mais que em outras oportunidades, para dar meu contributo”, afirma. “Me sinto feliz por desfrutar cada momento. Cada manhã quando acordo e me vejo nesse ambiente, é a realização de um pequeno sonho. Procuro desfrutar, aproveitar e ser feliz aqui dentro”.
Diante do Peru, a seleção vai defender o ótimo desempenho defensivo de cinco jogos sem levar gols. Curiosamente, foram os peruanos os últimos a balançarem as redes brasileiras. Foi numa virada por 4 a 2 do Brasil. Danilo garante que aquele dia não foi falha da seleção, e sim mérito rival.
“Se analisar os dois gols naquela partida, o primeiro foi de uma rebatida, que Carrillo acertou belo chute. Sabemos nos defender e ser agressivos, mas às vezes o adversário faz bem”, ressalta. “O segundo gol foi em bola rebatida no Rodrigo Caio que traiu o Weverton. Nesse jogo temos de valorizar como reagimos. A seleção mostrou força e equilíbrio para continuar jogando, exercendo seu futebol e conseguiu virar e vencer de forma confortável no final.”
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