O chanceler enfatizou que o Brasil tem tido grande contribuição da China em relação ao ingrediente farmacêutico ativo (IFA) e que conversou com o embaixador da China no País mais cedo, relatando que o IFA previsto para ser entregue neste mês de maio está a caminho. “Temos trabalhado na direção de garantir a matéria-prima”, disse aos parlamentares. “A China é muito importante para nós, mas quero enfatizar que também somos para eles. E não há porque deixar de sermos”, acrescentou.
O ministro fez estas afirmações após o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) ter manifestado que a chegada de França ao Itamaraty criou um “novo ambiente” para as relações institucionais e que ele não atuou com “provocações” ao Parlamento, numa clara crítica ao antecessor no MRE, Ernesto Araújo. Rêgo questionou como será a atuação do chanceler tendo em vista que o presidente Bolsonaro, e outros que o acompanham, fez ontem “outras declarações infelizes” sobre um grande parceiro comercial e que deu alento ao Brasil no caso da vacinação, se referindo à China. Ele também perguntou sobre a questão controversa do Palácio Planalto em relação ao meio ambiente.
Rede consular
O ministro das Relações Exteriores disse, ainda, que vai propor ao presidente Jair Bolsonaro que amplie a rede consular do Brasil na China, o maior parceiro comercial do País atualmente. “Temos uma rede consular na China subdimensionada, principalmente se comparada com o Japão”, comparou. “Vou levar a proposta de abertura a Bolsonaro”, continuou.
Na avaliação do chanceler, o Brasil deveria ter uma rede mais dedicada ao comércio e ciência e tecnologia na potência asiática, com um posto aberto no centro do país. “Trata-se de um gigante da ciência e tecnologia, e não apenas de um comprador de produtos primários”, apontou. Ele também comentou que a China tem uma rede consular extensa no Brasil e previu que a parceria entre os dois países será cada vez maior.
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