Francisco Beltrão segue liderando a geração emprego formal no Sudoeste

Marcilei Rossi com agências

O Sudoeste paranaense fechou o mês de março com saldo de 960 empregos com carteira assinada, contudo, o saldo positivo ficou abaixo do número atingido em fevereiro deste ano, quando foram criados 1.740 postos de trabalho formal. Os dados apresentados com a divulgação ontem (27), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

Francisco Beltrão que passou a liderar o ranking de geração de emprego na região, no mês passado, se consolidou no posto com a admissão de 205 trabalhadores formais. No ano, o município totaliza 753 postos de trabalho gerados.

O setor econômico que mais contribuiu para o saldo positivo foi o de serviços, com 125 colocações; seguida do comércio, 68; indústria, 22 e construção civil, 2. O setor da agropecuária foi o único que fechou o mês com saldo negativo de 12.

Melhores desempenhos

Dois Vizinhos foi o segundo município com melhor desempenho no período, com a geração de 112 postos de trabalho formal. Contudo, a atuação de março pode ser observada como de recuperação, mesmo que momentânea, uma vez que no ano, o saldo até então foi de 180, comprovando que nos meses de janeiro e fevereiro a geração de emprego formal foi baixa.

O terceiro melhor desempenho no mês foi de São Jorge D’Oeste, com saldo de 97 postos de trabalho. No ano o município soma 114 postos, refletindo a mesma realidade de Dois Vizinhos.

Em quarto na lista dos municípios que mais tiveram abertura de postos de trabalho, Palmas com 92. O município que em fevereiro foi responsável por 311 contratações (o mesmo índice de Pato Branco, naquela ocasião), viu seu desempenho geracional de oportunidades formal de trabalho cair, mas mesmo assim segue sendo o segundo melhor desempenho no ano na região, com a criação até o momento de 678 postos.

Pato Branco que em fevereiro dividiu a segunda colocação com Palmas, no índice divulgado nessa quinta-feira, apareceu em quinto colocado na região, dividindo a colocação com Mangueirinha, uma vez que as duas localidades tiveram a geração de 40 empregos com carteia assinada.

Enquanto setores como comércio, 72; indústria, 50 e serviços, 41, tiveram saldo positivo no mês, em Pato Branco, a agropecuária encerrou quatro postos de trabalho. No entanto, foi a construção civil que mais demitiu, foram 119 postos de trabalho encerrados.

Mesmo com o desempenho abaixo, no comparativo com dois primeiros meses do ano, Pato Branco se sustenta na terceira colocação em se tratando de desempenho do período, uma que vez que tem saldo de 649.

Onde mais se demitiu

Coronel Vivida foi o município que fechou o mês de março com o pior saldo do Caged. O saldo do município, apontou o encerramento de 70 postos de trabalho.

Os setores de agropecuária e serviços foram os únicos com saldo positivo, 10 e sete respectivamente. Já o encolhimento dos postos de trabalho ficou a cargo de construção civil (-12), comércio (-24) e indústria (-51).

Mesmo com o encolhimento das oportunidades de trabalho no município, o saldo do ano segue sendo positivo, 39.

Flor da Serra do Sul é o município da região que tem o pior desempenho no trimestre, com a redução de 48 locais de trabalho.

Estado

O saldo do Paraná em março foi 13.387 vagas de emprego com carteira assinada, melhor resultado do Sul e quinto melhor do País no período, atrás apenas de São Paulo (50.768), Minas Gerais (38.730), Rio de Janeiro (19.427) e Goiás (13.667). O volume de empregos gerados no terceiro mês do ano é praticamente o mesmo de todo o Nordeste no período. Na comparação com março do ano passado, o crescimento foi de 137% (5.642 vagas em março de 2022, na série com ajuste).

Com esse resultado, o Paraná alcançou 44.618 vagas formais no primeiro trimestre do ano (fruto de 481.145 contratações e 436.527 demissões), quarto melhor resultado do Brasil, atrás de São Paulo (136.604), Minas Gerais (64.187) e Santa Catarina (48.471). O País encerrou o trimestre com saldo de 526.173 vagas – ou seja, o Paraná representou quase 8,5% do total.

setor de serviços foi o responsável pelo maior número de vagas abertas em março, com 6.150. Depois, estão a indústria (2.858), comércio (2.561), agricultura (844) e construção (974), com números positivos em todos os segmentos. No segmento de serviços, os destaques foram administração pública (2.813), transporte, armazenagem e correio (1.172), alojamento e alimentação (1.081), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (617) e artes, cultura e recreação (158).

Brasil

Após dois meses de recuo, a criação de emprego formal subiu em março. Segundo dados divulgados Caged, 195.171 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.

A criação de empregos cresceu 97,6% maior que a do mesmo mês do ano passado. Em março de 2022, tinham sido criados 98.786 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. A abertura mensal de vagas atingiu o maior nível desde setembro do ano passado.

Nos três primeiros meses do ano, foram abertas 526.173 vagas. Esse resultado é 15% mais baixo que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.

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