Em um comunicado pela agência de notícias oficial WAM, o Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional dos Emirados Árabes confirmou que Ghani e sua família foram recebidos no país “por considerações humanitárias”. Não foram divulgadas, no entanto, mais detalhes sobre sua chegada.
Grupo fundamentalista que busca instaurar uma versão radical da lei islâmica se espalhou por todo o país, invadindo uma cidade após a outra até conquistar Cabul
Após o cerco de Cabul pelo Taleban, Ghani deixou o país em segredo, causando certa confusão inclusive entre líderes do grupo rebelde – que haviam prometido não entrar na cidade até a noite do domingo, mas voltaram atrás e tomaram o controle após a informação de que o presidente havia fugido, para “evitar saques e caos social”, segundo seus líderes.
Inicialmente, especulou-se que o presidente tivesse cruzado a fronteira em direção ao Tajiquistão. Posteriormente, foram levantadas hipóteses de que ele poderia ter ido ao Usbequistão ou Omã.
Ghani não renunciou formalmente ao cargo, apesar de ter deixado o país e ter perdido o poder de fato. Após a tomada da capital, sem resistência das forças afegãs, o presidente divulgou um comunicado, dizendo ter fugido para “evitar um derramamento de sangue”, já que os insurgentes estavam dispostos a atacar Cabul para tirá-lo do poder. Desde então não fez qualquer declaração pública.
A fuga de Ghani foi criticada por autoridades afegãs como Abdullah Abdullah, representante do governo na mesa de negociações de paz em Doha, que chegou a afirmar que o presidente seria julgado por Deus após ter abandonado o país em um momento tão difícil. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
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