Wilson Witzel sugeriu, por exemplo, que seja quebrado o sigilo do seu vice e hoje governador do Rio, Cláudio Castro, aliado da família Bolsonaro. “Cláudio Castro estava em Brasília na véspera de buscas, isso merece quebra de sigilo”, disse Witzel, para quem é necessário investigar quem estaria por “trás” do seu processo de impeachment, apontando para uma “máfia” na área da Saúde.
Witzel afirmou que a CPI deveria aprovar a quebra de sigilo de organizações sociais de saúde do Estado, que administram UPAs e hospitais, para verificar para onde estão indo os recursos públicos. “Eu sai, mas as OS estão lá operando livremente”, disse. “Empresário Edson Torres é criminoso contumaz e está solto”, afirmou Witzel sobre o empresário apontado como operador econômico do escândalo envolvendo desvios de recursos na saúde do Rio.
“Fiz auditoria em organizações sociais, maior máfia no RJ é na saúde. Meu impeachment foi financiado por organizações sociais e alguém recebeu dinheiro. Quem recebeu dinheiro para meu impeachment pode ser do sistema do Judiciário”, disse também o ex-governador, para quem “tudo começou” quando ele determinou uma “investigação imparcial” do caso Marielle. Witzel acrescentou ainda que espera para que o mandante do assassinato, “quem sabe, seja descoberto”.
“A CPI pode deferir sob segredo de justiça, e aqui vai uma sugestão, com o Supremo Tribunal Federal, medidas cautelares de busca e apreensão de celular e documentos para sabermos quem está por trás do meu impeachment”, reforçou ele, afirmando estar com a vida ameaçada. “Corro risco de vida, por causa da máfia da saúde, e tenho certeza que tem miliciano envolvido”, disse Witzel.
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