Fumaça cobre o Sudoeste devido às queimadas no Brasil

Neste domingo (8), a região Sudoeste amanheceu coberta por uma névoa, fenômeno observado em praticamente toda a região. O céu, que normalmente estaria claro e azul, apresentava um aspecto enfumaçado. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a causa da névoa é a fumaça resultante das queimadas em regiões distantes, como a Amazônia e o Pantanal.

Fumaça das Queimadas no Sul do Brasil

Mesmo localizada a mais de 1.000 km dos focos de incêndio mais próximos, a região Sudoeste está sendo afetada pela fumaça que vem sendo transportada para o Sul do Brasil devido a fluxos atmosféricos a 1,5 km de altitude. Segundo meteorologistas, essa circulação de ar está trazendo a fumaça das queimadas para a região sul do Brasil, o que explica o céu enevoado que vem sendo notado nos últimos dias.

Queimadas no Brasil em 2024

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) informou que o Brasil registrou mais de 156 mil focos de incêndio em 2024, sendo o mês de agosto o pior dos últimos 14 anos, com 68.635 ocorrências. Esse número é o quinto maior desde o início da série histórica, em 1998, e representa um aumento de 144% em relação a agosto de 2023.

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Causas das Queimadas e Estiagem

O agravamento das queimadas está diretamente ligado à seca e estiagem, comuns no inverno brasileiro, mas que têm ocorrido de forma atípica em 2024. Dois fatores principais contribuem para esse cenário:

  • Ondas de calor: Desde o início do inverno, o Brasil enfrentou seis ondas de calor, enquanto houve apenas quatro ondas de frio.
  • Antecipação da seca: Em algumas regiões, a seca começou antes do previsto, como na Amazônia, onde a estiagem se intensificou já no início de junho.

Estiagem Prolongada na Amazônia

Na Amazônia, a seca tomou proporções alarmantes, sendo considerada a mais longa já registrada. Três fatores principais explicam essa situação:

  1. Intensidade do El Niño: O fenômeno climático, que aquece as águas do Oceano Pacífico, impactou o regime de chuvas, agravando a seca.
  2. Aquecimento anormal do Atlântico Tropical Norte: As águas dessa região oceânica aumentaram entre 1,2°C e 1,4°C, influenciando a redução das chuvas.
  3. Temperaturas globais recordes: Em julho de 2024, o planeta registrou a maior temperatura da história, intensificando as ondas de calor.
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