Conforme o comunicado, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, o “plano de retorno ao trabalho presencial nos escritórios” começará a partir de 1º de setembro, “de forma programada e atrelada à evolução dos calendários de vacinação locais”.
“Como regra, o retorno se tornará obrigatório após 15 dias corridos a contar da data determinada no calendário de vacinação local para aplicação ao empregado da segunda dose ou dose única da vacina. O Subcomitê de Contingência informa que seguirá, a todo o tempo, monitorando o panorama geral dos indicadores de saúde e o andamento dos calendários de vacinação, buscando adaptar o cronograma de retorno, bem como adotar as medidas e protocolos de prevenção à Covid-19 aplicáveis a cada localidade”, diz um trecho do comunicado.
Em nota, a assessoria de imprensa do banco confirmou que a diretoria do BNDES “decidiu pela formulação de um plano de retorno ao trabalho presencial”, a partir de 1º de setembro. “O BNDES seguirá adotando as medidas e protocolos de prevenção à Covid aplicáveis em cada localidade e monitorando o panorama geral dos indicadores de saúde e o andamento dos calendários de vacinação, buscando adaptar o cronograma de retorno. Dentre as medidas adotadas, está a preparação do ambiente físico, que recebeu, a título de exemplo, novas divisórias que contribuirão para evitar a circulação do vírus.
A AFBNDES, associação dos funcionários do banco de fomento, informou que não foi consultada sobre a decisão. Questionada, a assessoria de imprensa do BNDES não respondeu se houve ou não consulta ao corpo de funcionários sobre a volta ao trabalho presencial.
Em editorial na edição mais recente de seu jornal online, a AFBNDES criticou a forma como o retorno ao trabalho presencial foi decidido. “Evidente que para uma decisão que envolve a obrigatoriedade do retorno ao trabalho presencial, após 15 dias de concluída a vacinação, seria no mínimo de bom tom algum diálogo com os representantes dos empregados”, diz um trecho do editorial.
Alguns funcionários demonstraram insatisfação com o retorno ao trabalho presencial enquanto os indicadores da pandemia continuam ruins.
O Estadão/Broadcast apurou que um questionamento à decisão circulou numa lista de e-mails e em grupos de aplicativos de mensagens de servidores do banco. Também circulou uma mensagem de resposta institucional do BNDES, que ressalta que o plano de retorno ainda está sendo elaborado e que ele “se pautará nas boas práticas da medicina do trabalho”.
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