A confusão foi revelada em entrevista à CNN Brasil. De acordo com o COB, “há uma limitação de credenciais para as delegações e a sua política é de que os oficiais tenham funções estritamente técnicas. Em virtude desta limitação, cada surfista da equipe brasileira terá o acompanhamento de apenas um profissional da área técnica com experiência comprovada”.
“Questionei o COB se posso levar a Yasmin. Eles falaram que ela não tem nada a ver com o surfe, que não poderia ajudar a delegação. Mas e o marido da Tati (Tatiana Weston-Webb)? Ele surfa, participou do Circuito Mundial? Estou só questionando por que eu não posso levar”, reclamou Medina. “São as pessoas que me ajudam. Não é porque é melhor, é porque são pessoas que estão no meu dia a dia. Acho certo eles levarem o time deles, só que eu não sei qual a dificuldade de eu levar o meu time”, seguiu no protesto. “Vou ter que viajar sozinho? Por que só comigo, sabe?”
Na entrevista o brasileiro seguiu em seu desabafo ao revelar qual seria a regra que lhe foi passado. “A gente pode levar para o Japão duas pessoas dentro da comissão, e cada atleta está levando o seu pessoal”, enfatizou, mais uma vez usando outro surfista para defender o credenciamento de Yasmin. “O Ítalo (Ferreira) está levando um amigo que o ajuda, e comigo estão dificultando. Minha vida mudou, eu tinha outro coaching, outra estrutura, duas pessoas que não trabalham mais comigo, e não me deram a confirmação se vou poder levar meu atual coaching”, disse.
Yasmin vinha acompanhando o surfista no Circuito Mundial de Surfe e Medina dava como certa o seu credenciamento. O COB, contudo, deu seu parecer, também ao canal de televisão.
“(O COB) No mês passado realizou a substituição e credenciou Andy King para atuar como treinador do atleta Gabriel Medina na Olimpíada de Tóquio”, informou a entidade. “De acordo com o regulamento dos Jogos Olímpicos, somente um profissional que esteja credenciado na lista larga pode substituir outro.”
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